Levantamento realizado pela Associação Ubatuba Para Casar (UBAPRACASAR) aponta que em 2023 foram realizados 189 casamentos em Ubatuba, nos quais estiveram presentes 15.511 convidados. Esses eventos geraram faturamento estimado em R$ 12.511.600,00. Os dados são representativos dos 42 associados da UBAPRACASAR, formada por empresas privadas do setor de casamentos da cidade.
O mês de maio, conhecido como o “mês das noivas”, foi o mês com o maior número de casamentos realizados, com 29 no total. Em segundo lugar ficou o mês de abril, com 27 festas, seguido pelo mês de setembro, com 24 celebrações. O levantamento estatístico mostra que as festas de casamento no litoral têm grande potencial para atrair turistas durante a chamada baixa temporada, quando a economia das cidades sofre com a diminuição da procura pelos destinos de praia.
Segundo o presidente da associação, Daniel Felipe Quaresma dos Santos, as noivas procuram épocas do ano que possuem a menor probabilidade de chover no dia do seu casamento, por isso elas olham muito o índice pluviométrico, que coincide com os meses entre abril e setembro. “O que é ótimo para Ubatuba, pois são meses de baixa temporada, fomentando o turismo saudável e sustentável o ano todo, e assim também os noivos e seus convidados conseguem hospedagens mais baratas”, analisa Santos.
Ele também explica que no faturamento de R$ 12,5 milhões apenas uma pequena parte representa lucro, mas que o grosso desse dinheiro fica em Ubatuba, porque os fornecedores desses casamentos vivem na cidade e gastam em comércios e serviços locais. Mensalidades de escolas, compra de roupas, supermercado, combustível para automóveis, pagamento de impostos, há toda uma gama de serviços e setores que, segundo Santos, também são impactados indiretamente pelos casamentos.

Fonte: UBAPRACASAR
“O faturamento estimado do setor significa o quanto foi gasto pelos noivos e convidados com o casamento, em Ubatuba. Isso significa: espaço para a festa, DJ, banda, maquiagem, hospedagens, buffet e comidas, bebidas, assessoria, aluguel de materiais, celebrante, fotógrafo, videomaker, animadores infantis, e muitos outros serviços. Cada um desses fornecedores têm seus custos com mão-de-obra, matéria prima, manutenção, deslocamento, marketing, etc…”, explica o presidente da associação.
Sobre os questionamentos ao setor em relação ao impacto das festas nas praias e no meio ambiente, ele afirma que todos os associados da UBAPRACASAR se preocupam com isso, pois eles mesmos dependem de uma cidade limpa para receber bem os noivos e convidados. “Recentemente fizemos um evento com uma ativista que é referência aqui no nosso município, Lidi Keche, que trouxe ideias de sustentabilidade para os casamentos”, conta Santos.
Por Renata Takahashi / Tamoios News