Para o vice-prefeito, é preciso estabelecer a ordem ambiental, sem a qual não é possível estabelecer a ordem social
Por Ricardo Hiar, de Caraguatatuba
Há 31 anos o jovem Eugênio de Campos Júnior chegava ao município de Caraguatatuba, a serviço pelo comando de Polícia Ambiental – na época ainda a Florestal. Ele não conhecia a região, mas a relação foi bastante positiva que resolveu ficar. Foi no litoral que ele conheceu a sebastianense Rosana Regina, com quem está casado há 26 anos. O casal teve um filho e, agora espera pelo primeiro neto, que deve nascer nos próximos dias.
Hoje aos 55 anos, Campos Júnior, traz na bagagem além de uma vasta experiência no serviço público, tanto no setor de policiamento e segurança pública, quanto na gestão, já que por mais de uma vez ocupou cargos no primeiro escalão da administração de Caraguatatuba.
O vice-prefeito afirma que pretende realizar um trabalho participativo e em prol da população de Caraguatatuba. Segundo ele, que já foi três vezes candidato a vereador, ficando nas três ocasiões como primeiro suplente e chegando a assumir por alguns a cadeira no Legislativo, a sua experiência o motiva a trabalhar pelo social e a ordem pública. Por isso, acredita que na função de vice-prefeito terá como colocar, enfim, vários projetos em prática para melhorar e contribuir com a cidade.
Para Campos Júnior, o meio ambiente é de extrema importância e precisa ser preservado. Ele acredita, ainda, que sem uma ordem ambiental, não tem como ter ordem pública. “Quando há desmatamento, invasões de áreas e a falta de planejamento, há também a facilitação para a criminalidade, pois os espaços em conflitos são mais propícios a isto”, definiu.
Formado em ciências policiais e pós-graduado na área, ele afirma que a pedido do prefeito eleito, Aguilar Júnior, vai atuar diretamente nos primeiros meses para garantir o bom andamento das áreas de trânsito, defesa civil, segurança pública e salvamento marítimo. “Temos a temporada diante de nós e precisamos passar bem esse período. Por isso, estarei a frente desses setores para poder contribuir de modo que tudo caminhe bem. Depois iremos reavaliar minhas atribuições”, completou.
Campos Júnior diz que quando se lançou a um cargo eletivo, precisou abrir mão da sua carreira na polícia. Ele entrou para a reserva como capitão em 2005, quando teve a oportunidade de assumir o Legislativo por 15 dias. As duas funções não poderiam ser cumulativas e são consideradas conflitantes. Ele afirma que a decisão ocorreu porque considerava ser importante agir, fazer algo pela comunidade, em meio a tantos problemas no meio político.
Como esteve em gestões do atual prefeito, Antonio Carlos da Silva, Campos Junior também comentou sua motivação para “mudar de lado”. Segundo ele, trabalhou enquanto foi possível nas atribuições que teve, mas resolveu sair do grupo devido a incompatibilidades com algumas decisões. O que ele não concordou, principalmente, foi com a definição da escolha do candidato à sucessão escolhido por Silva. “Resolvi sair do grupo por acreditar que não seria o melhor caminho para Caraguatatuba”, explicou.
Campos Junior afirma que conversou com praticamente todos os pré-candidatos a prefeitos, e o que mais foi ao encontro dos seus anseios foi Aguilar. Conta ainda que foi definido com vice da chapa, mesmo antes da confirmação do Aguilar Junior como candidato.
Ele considera que a juventude do futuro prefeito trará uma nova fase para Caraguatatuba e será importante para a população. “Não somos pessoas de gabinete. Somos operacionais e esperamos isso do governo. Queremos essa administração mais participativa, perto da população, dos setores constituídos”, afirmou.
O vice-prefeito da cidade a partir de janeiro de 2017 comentou sobre o resultado das urnas. “Os 37 votos de diferença vêm ao encontro da nossa vontade, de empoderar as pessoas, de respeitar a democracia. Ninguém e todos ao mesmo tempo são esses 37 votos que garantiram nossa vitória nas urnas. Mas agora vamos trabalhar por toda a população. Fico feliz com esse desafio, é algo que me motiva, pois poderei ser útil na concretude”, finalizou.
