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Thiago Baly, ex-vereador foragido foi preso em Juquehy na tarde de sexta-feira (16)

Tamoios News
Ex-vereador de São Sebastião - Tiago Baly

Thiago Alack de Souza Ramos, conhecido como Thiago Baly, foi preso na tarde de sexta-feira (16/5) em Juquehy, São Sebastião – SP. Baly é suspeito de ter envolvimento em um homicídio que aconteceu no dia 6 de abril de 2024, no bairro do Sítio Velho, também em São Sebastião. Baly estava foragido desde o dia 30 de outubro de 2024, quando foi expedido o mandado de prisão preventiva. Os investigadores da Polícia Civil o localizaram em uma caminhonete e o conduziram à Delegacia de Polícia Civil em Boiçucanga, e deve ser transferido para o Centro de Detenção Provisória de Caraguatatuba.

O advogado de Baly entrou com recurso para revogar o mandado de prisão, mas foi negado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro decidiu manter a prisão preventiva e destacou que, apesar de ser uma medida excepcional, a prisão preventiva está fundamentada em elementos concretos que indicam a gravidade do caso.  A medida foi decretada pela Vara Criminal local, que investiga sua suposta participação como mandante de um homicídio qualificado.

Thiago Baly foi eleito vereador pelo PSDB na eleição de 2024, devido estar foragido não tomou posse dentro do prazo legal, e o presidente da  Câmara Municipal de São Sebastião declarou no dia 24 de janeiro de 2025, a extinção do seu mandato.

Entenda o caso

A juíza da Vara Criminal de São Sebastião, apontou que Thiago Baly, se desentendeu com a vítima minutos antes do crime. Baly afirmou que esteve no local, mas alegou que parou para ajudar um rapaz que estava com problemas mecânicos em seu carro e foi embora.

Segundo o relatório final de investigação da Polícia Civil, a vítima Victor Alexandre de Lima, de 22 anos, recebeu uma ligação no dia do crime e foi até o Sítio Velho negociar uma venda com Maiquel Douglas Pires Ferreira, quando foi atingido por dois disparos. Maiquel confessou em seu depoimento à polícia que atirou contra Victor, mas alegou que agiu em legítima defesa. Maiquel teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça, durante o andamento das investigações.

Para o Ministério Público, Bally mandou matá-lo, pois havia recebido informações de que Victor sequestraria sua filha. Bally nega ter envolvimento no assassinato.

A juíza cita em sua decisão que “há presença de indícios suficientes nos autos a indicar a imprescindibilidade da prisão preventiva e a insuficiência das medidas cautelares diversas da prisão no caso em concreto”. E apontou ainda que “se soltos, podem se evadir do distrito da culpa a fim de se furtar à responsabilidade penal”.

Redação/Tamoios News