A diretora da Federação Pró-Costa Atlântica, Tatiana Araújo, de São Sebastião (SP), participou da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente realizada em Brasília no início do mês de maio. Tendo como tema central a emergência climática e o desafio da transformação ecológica, a Conferência reuniu cerca de 3 mil representantes de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. “Foi uma honra representar São Sebastião na Conferência Nacional de Meio Ambiente, porque foi o resultado de um trabalho coletivo que se iniciou na Conferência Municipal de Meio Ambiente, com a participação de diversas entidades da sociedade civil e movimentos sociais”, afirmou Tatiana, que prestigiou o evento junto com Lucas Lippi, representante do Coletivo Caiçaras, delegado eleito para representar São Sebastião e membro do comitê organizador da Conferência Municipal de Meio Ambiente.
Atuando na Federação Pró-Costa Atlântica, que reúne as associações de bairros de São Sebastião desde 1991 e, que tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável e formentar a preservação ambiental e cultural, Tatiana Araújo declarou que foi aprovada uma moção de repúdio contra incineração de lixo e a favor da reciclagem e economia circular. Ademais, a diretora ressaltou a importância de reforçar que não há mais tempo para adiamentos e que as mudanças no meio ambiente precisam ser aprofundaras e iniciadas. “Até 2040 precisamos atingir emissões líquidas zero de Carbono. Eliminando a queima de combustíveis fósseis, investindo em energia limpa e renovável, restaurando áreas degradadas, protegendo áreas de floresta, protegendo os oceanos, investindo em agroecologia neutra em carbono e economia circular”, citou.
Apesar de salientar que há boas iniciativas acontecendo em todo o país, com pessoas engajadas e resilientes, como os representantes de São Sebastião (SP), Ilhabela (SP), Ubatuba (SP) e Santos (SP), que se reuniram para priorizar as propostas trabalhado coletivamente e somando diferentes visões, em prol de um objetivo comum, Araújo queixou-se da falta de uma análise de conjuntura para identificar as estratégias mais adequadas, dentro do cenário político, econômico e social, para priorizar os projetos. “Faltou espaço para um aprofundamento das propostas. Houve pouca presença de movimentos sociais importantes do Brasil e pouco espaço de voz para os povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais”.
Por fim, Tatiana deixou um alerta. “Precisamos atuar, coletivamente, em São Sebastião, convergindo para conseguir avançar em políticas públicas que promovam resultados frente ao momento desafiador que vivemos de Emergência Climática”, finalizou ela.
Redação/Tamoios News