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Super máquinas e veleiros de cruzeiro dividem a raia na 52ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela

Tamoios News
Imagem/ On board Sport

A Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval é marcada pela mistura entre máquinas de alta performance, tripulados por ícones como o multicampeão olímpico Robert Scheidt, e veleiros de cruzeiro trazendo famílias e amigos a bordo. A 52ª edição do evento levará ao litoral norte de São Paulo 115 veleiros de diferentes formatos, distribuídos em 5 classes com regras distintas. A realização é do Yacht Club de Ilhabela.

Na raia de Ilhabela (SP) estarão alguns dos barcos mais modernos do país, modelos históricos e veleiros de cruzeiro, todos disputando regatas em classes com sistema de rating: ORC, BRA-RGS, Clássicos e RGS Cruiser. A competição inclui ainda uma classe de monotipos, a C30.

O rating é um sistema de tempo corrigido criado para garantir disputas justas entre barcos de diferentes tamanhos. Ele faz uma conta considerando comprimento, peso e área vélica de cada embarcação.

 Tecnologia de ponta na ORC

A classe ORC (Offshore Racing Congress), principal categoria mundial de vela oceânica, é a responsável por definir o grande campeão da SIVI Daycoval. O vencedor de 2024 foi o +Bravíssimo. A categoria inclui barcos de alto desempenho como os Soto 40, marcados pela leveza, agilidade e ampla área vélica.

A nova tecnologia na medição dos barcos será outro destaque da 52ª SIVI Daycoval. A Associação Brasileira de Veleiros de Oceano trouxe ao Brasil o RTC 360, um scanner a laser 3D de alta precisão com erro máximo de 2mm, que cria um modelo 3D do casco e registra as digitalizações em tempo real.

“Com uma medição mais acurada, o cálculo do rating fica mais justo, e então as tripulações terão que se esforçar e serem mais técnicas para saírem vencedoras das disputas”, destaca Bayard Neto, Comodoro da ABVO.

Domínio da Bra-RGS

A BRA-RGS é a classe mais numerosa da vela oceânica no Brasil. Ela serve como porta de entrada para os velejadores que migram da RGS-Cruiser para uma categoria com regras de medição mais específicas.

A RGS-Cruiser permite que velejadores de diferentes perfis participem com embarcações mais simples, sem equipamentos caros ou velas de alta performance. “É uma classe descontraída, despretensiosa e de baixo custo. Muitas vezes, as tripulações incluem família, crianças e até avós”, comenta Cuca Sodré, organizador técnico da SIVI Daycoval.

Regra exclusivamente brasileira, a Bra-RGS abrange também os veleiros Clássicos, embarcações construídas até 1979 que chamam atenção pelo visual tradicional e pela importância histórica. São os preferidos dos fotógrafos e dos apaixonados por histórias do mar. Neste ano, um número recorde de 17 Clássicos estará na disputa no litoral norte paulista.

 Campeonato Brasileiro da Classe C30 traz disputas de alto nível à Ilhabela

classe C30 é composta por veleiros de 30 pés, projetados para regatas de alto desempenho. Leves, com grande área vélica e exigência técnica nas manobras, os barcos da C30 oferecem disputas intensas e visualmente espetaculares. Criada originalmente na Argentina, a classe se consolidou no Brasil como referência em performance e competitividade, atraindo tripulações experientes e estrategistas habilidosos.

Com uma frota de alto nível técnico e atletas consagrados como o multicampeão Robert Scheidt, André “Bochecha” Fonseca, Maurício Santa Cruz e outros, a classe terá neste ano o Campeonato Brasileiro de C30, disputado em paralelo à SIVI Daycoval.

Fonte: On Board Sports