A Polícia Militar formou na última sexta-feira (12), 24 policiais femininas para atuarem na Cabine Lilás, serviço especializado de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar. Com a formação, mais de 100 policiais passam a estar habilitadas a operar na cabine por meio do telefone de emergência 190 em todo o estado de São Paulo.O projeto teve início em março do ano passado na capital paulista e região metropolitana e neste ano começou a ser expandido para o interior de São Paulo. Até o momento, as regiões de São José do Rio Preto, Campinas, São José dos Campos, Bauru e Sorocaba já contam com o programa.
Para ampliar esse alcance, policiais que trabalham no interior do estado passam por um período de treinamento no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) da capital. Durante uma semana, estudam matérias sobre psicologia, direito, redes de apoio, medidas protetivas e funcionamento das Delegacias de Defesa da Mulher.
As policiais também são capacitadas sobre fatores comportamentais na hora de atender a ligação, o melhor jeito de se expressar e conversar, além do tom de voz adequado. Tudo para atender a vítima da melhor forma em um dos momentos mais difíceis da vida dela.
O evento de formatura do Programa Complementar de Treinamento da Cabine Lilás ocorreu na sede do Copom, onde é realizado o curso de formação. Das 24 formadas, oito irão para o Copom da capital paulista, enquanto as demais voltarão às unidades de origem no interior paulista.
Mais de 11 mil atendimentos
Até agosto deste ano, foram realizados 11,1 mil atendimentos na Cabine Lilás, entre orientações sobre como obter medidas protetivas, intervenções policiais e dúvidas gerais. O programa também ajudou na prisão em flagrante de 66 agressores de mulheres por descumprimento da ordem judicial.
O serviço exclusivo da Cabine Lilás pode ser ofertado pelo atendente durante a ligação ou solicitado pela própria vítima em casos de violência física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial. O atendimento é feito de forma exclusiva por uma policial feminina, que tem mais tempo para ouvir e orientar, garantindo mais privacidade e atenção.
As mulheres recebem informações sobre direitos, redes de apoio, assistência jurídica gratuita, pensão alimentícia, guarda dos filhos, abrigos, auxílio-aluguel e atendimento à saúde.
Também é apresentado o aplicativo SP Mulher Segura, em que é possível fazer o boletim de ocorrência sem sair de casa. O app possui um botão do pânico que pode ser acionado caso o agressor se aproxime da vítima, além de orientações para acionamento de viaturas.
SP por Todas
Em março do ano passado, o Governo de São Paulo lançou o movimento “São Paulo por Todas” para ampliar a visibilidade das políticas para as mulheres. Entre as iniciativas estão o lançamento do aplicativo SP Mulher Segura e a criação de novas salas da Delegacia de Defesa da Mulher 24 horas.
Em apoio ao combate à violência contra mulher, o estado disponibiliza atualmente 142 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) territoriais — sendo que 18 funcionam 24 horas, e 170 salas DDM instaladas estrategicamente em plantões policiais, possibilitando que a vítima seja atendida por videoconferência por uma equipe especializada.
Fonte: Governo do Estado de SP