Cerca de 120 aves silvestres reabilitadas no Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), localizado no Parque Anhanguera, em São Paulo, foram devolvidas à natureza no Sítio do Jacu, em Tabatinga, na cidade de Caraguatatuba, em uma Área de Soltura e Monitoramento (ASM) habilitada para esse tipo de ação.
A maioria dos passaros havia sido resgatado do tráfico ilegal de fauna, uma das principais ameaças à biodiversidade no Brasil.
Estudos apontam que a cada dez aves retiradas da natureza, apenas uma sobrevive. Isso significa que, para as 120 aves soltas, outras 1000 morreram vítimas do tráfico, engaiolamento e comércio ilegal.
O Sítio do Jacu está inserido em uma área de Mata Atlântica protegida, com vegetações de restinga, floresta paludosa e floresta ombrófila densa, além de importantes corpos hídricos. As florestas da região da Tabatinga e Mococa, são consideradas de importância extrema para a conservação da biodiversidade.
“Libertamos várias espécies que já constam em listas de extinção. As aves são fundamentais para a disseminação de sementes, garantindo a regeneração das florestas e atraindo o ecoturismo de observadores do mundo inteiro ao nosso litoral”, afirma Eduardo Leduc, responsável pela Área de Soltura e Monitoramento do Sítio do Jacu.
A soltura contou com a participação de cerca de 30 pessoas, entre autoridades e crianças especiais do bairro Sertão da Quina, na região da Maranduba, em uma atividade de Educação Ambiental.
“A soltura é um ato técnico, mas também profundamente simbólico. Representa o respeito e a devolução da liberdade a seres que nunca deveriam ter sido retirados da natureza. Podemos admirar os animais sem aprisioná-los — e sua presença valoriza o nosso município”, destaca Carolina Muri, Secretária Adjunta de Meio Ambiente de Caraguatatuba.
Fonte: ASM



