Meio Ambiente

Bicho-preguiça é resgatado na praia de Tabatinga em Caraguá

Tamoios News
Fotos: Divulgação

Após tratamentos, animal foi devolvido ao seu habitat natural

Por Raell Nunes, de Ubatuba

O instituto Argonauta, através de um esportista aquático, recebeu um chamado para resgatar um bicho-preguiça que estava no mar. O mamífero tinha dificuldades para respirar, com sinais de afogamento. No entanto, foi prontamente atendido na praia da Tabatinga, em Caraguatatuba.

Apesar de não entrar na categoria de animal aquático, o bicho-preguiça foi tratado pela equipe do Instituto Argonauta. Depois de um tratamento, o animal foi devolvido à natureza, na mesma localidade onde foi encontrado.

De acordo com veterinária Marina Sanches, o bicho voltou a se alimentar normalmente, com apenas um dia de tratamento. “Quando recebemos, o animal demonstrava muita dificuldade em respirar. O primeiro procedimento feito foi para dilatar os pulmões e facilitar a respiração”, acrescentou.

O episódio, que ocorreu há cerca de 15 dias, mostrou algo inusitado. Conforme a bióloga Carla Beatriz Barbosa, o bicho-preguiça é um mamífero terrestre e foi encontrado em águas salgadas. Para ela, tudo indica que o animal tenha sido levado pela correnteza de algum rio em direção ao mar.

“O fato é extremamente inusitado já que o bicho-preguiça é um mamífero terrestre e tem o hábito de nadar em águas doces ocasionalmente. Mas, neste caso, foi encontrado em pleno mar”, afirmou a bióloga

O Instituto Argonauta criou e mantém o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), local que atua no resgate, reabilitação e reinserção da fauna aquática nas regiões de Ilhabela, Ubatuba, Caraguá e São Sebastião.

Em tratamento no CETAS de Ubatuba desde o dia da ocorrência, o bicho-preguiça permaneceu sob os cuidados do time de técnicos do Instituto Argonauta.

“Atualmente, atendemos exclusivamente a fauna marinha. Porém, o Instituto Argonauta também presta atendimento e encaminha outros tipos de animais, como o caso do bicho-preguiça, para os órgãos responsáveis”, explica o oceanógrafo e presidente o Instituto Argonauta Hugo Gallo.

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