Marcelo Rodrigues revela que o projeto sofreu adequações e tem proporção 46% menor
Por Leonardo Rodrigues
O novo presidente Companhia Docas de São Sebastião (CDSS), Marcelo Faria Rodrigues, 38 anos, revela que o atual projeto de ampliação do Porto de São Sebastião não atingirá o Mangue do Araçá. “O projeto não tem ocupação do Araçá. Não terá intervenção no local”, afirma Rodrigues, ao ressaltar que o projeto tem uma proporção menor se comparado ao projeto original de ampliação do Porto, apresentado em 2011. “O projeto está 46% menor, e bem mais estudado. É mais funcional. Será um Porto mais funcional”, comenta.
O projeto atual só contempla a Fase 1, se comparar com o plano inicial, apresentado em 2011, que almejava um empreendimento divididos em quatro fases.
Rodrigues explica que o projeto atual é uma adequação do já licenciado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), em 2013. O projeto havia sido suspenso pela Justiça que requereu ao porto sebastianense alternativas para que a ampliação não afetasse a baía do Araçá. “Nós estamos adequando o projeto para estar de acordo com a Justiça, mas também considerando as instituições de ensino e sociedade civil organizada que pediam pela não ocupação do Araçá. Nós estamos atendendo em respeito a essas demandas”, considera. Assim, o projeto atual contempla intervenções de engenharia a frente – sentido Canal de São Sebastião.
Consulta – O novo presidente da CDSS apresenta o projeto atual de ampliação da estrutura portuária nesta quinta-feira (23), durante consulta pública no Teatro Municipal, às 19h. Esta Consulta Pública, que tem como tema “Adequação do Projeto de Ampliação do Porto de São Sebastião” é uma realização da Comissão de Meio Ambiente da 136ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O projeto atual só contempla a Fase 1, se comparar com o plano inicial, apresentado em 2011, que almejava um empreendimento divididos em quatro fases
Continuidade – Marcelo Rodrigues diz que dará prosseguimento aos trabalhos iniciados pelo seu antecessor no cargo, Casemiro Tércio Carvalho. “Foi uma transição tranquila. Tudo continua normalmente. O Tércio sempre foi alinhado com o Governo, eu também. Estamos focados nas operações portuárias, e nos aproximar da mão de obra local”, fala o novo presidente da CDSS.
Ele destaca a mudança da sede da Docas, da capital para São Sebastião. Marcelo Rodrigues, que assumiu a CDSS na última quinta-feira (16), conta que já conheceu as lideranças operacionais do Porto de São Sebastião. “Não há mais ninguém em São Paulo. Eu vim com minha família para cá. Todos os diretores estão aqui. Queremos identificar as necessidades da mão de obra, estreitar relações, mas também auxiliar em capacitação e treinamento”, ressalta ao falar que tem como foco a gestão de organização portuária. Contudo, destaca que quanto a “gestão estratégica nada muda”. Os objetivos segundo ele, são assegurar ganho na agilidade e eficiência.
Apesar de pouco tempo a frente da CDSS, Rodrigues já sabe destacar o potencial do porto de sebastianense. “Nós temos o terceiro melhor acesso do mundo, com um calado impressionante. Tendo tarifas competitivas no mercado, e os investimentos do Estado em logística, eliminando os gargalos nas rodovias e o tráfego de caminhões no município, com certeza tudo isso será um diferencial de São Sebastião”, descreve.
Antes de assumir a CDSS, Marcelo Faria Rodrigues atuou como coordenador geral do gerenciamento da hidrovia Tietê-Paraná, órgão também vinculado à secretaria de Estado dos Transportes.