Litoral Norte São Sebastião

Falta de informação e ignorância tem levado perseguição a macacos

Tamoios News
Fotos: Divulgação/Arquivo

Um macaco foi encontrado morto e com sinais de agressão, em Maresias, Costa Sul de São Sebastião

 

Por Leonardo Rodrigues

O mosquito é o transmissor. Mas são os macacos que estão sendo perseguidos e mortos como responsáveis pela febre amarela. Um macaco foi encontrado morto em Maresias, na Costa Sul de São Sebastião, nesse sábado (27). O animal foi recolhido e amostra enviada para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

O animal apresentava uma ferida grande. “O que sugere algum tipo de agressão ou acidente”, comenta o secretário de Saúde, Carlos Roberto Pinto. Ele observa que não havia outros animais. Normalmente quando há contaminação, caso fosse de febre amarela por exemplo, eles seriam encontrados em grupos, ou nas proximidades. “Foi um caso isolado”, destaca.

A falta de informação e ignorância tem levado pessoas a descontarem em macacos, que estão sofrendo agressões e sendo mortos. Vale ressaltar que tanto o homem, quanto o macaco são apenas hospedeiro, e o responsável pela transmissão da febre amarela é o mosquito.

“Muitos macacos estão sendo mortos na nossa mata, por acharem que eles são responsáveis pela doença. Na verdade são tão vítimas quanto nós, e esse ato além de prejudicar nossos serviços de vigilância ainda é crime ambiental”, ressalta o secretário.

Não foi a primeira vez que um macaco é encontrado morto na cidade. Na semana anterior, outro foi encontrado morto no Guaecá, região central da cidade. O animal passou por necropsia (autópsia) – uma série de procedimentos e observações, organizada e hierarquizada, realizada com o objetivo de determinar o que provocou a sua morte. As amostras foram coletadas e também encaminhadas ao laboratório em São Paulo.

Vale ressaltar que a cidade não registrou nenhum caso de febre amarela ou de óbitos em decorrência à doença e, por conta disso, segue com o calendário designado pelo Governo do Estado para a campanha de vacinação no período de 29 de janeiro a 17 de fevereiro.

Nas proximidades, o único registro aconteceu no começo do ano passado, em Ubatuba. Quando um morador viajou para a cidade de Ladainha, em Minas Gerais. A localidade mineira tinha registros da doença na ocasião. Sendo assim, o vírus foi importado. De lá para cá, nenhuma cidade do Litoral Norte registrou caso de febre amarela.

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