Segundo prefeitura, empresa teria falido e abandonado as obras
A situação das quadras públicas na cidade tem gerado reclamações de moradores. Nas férias de julho, muitas crianças estão sem poder utilizar esses espaços.
A situação em que se encontra a maioria das quadras chegou até a Câmara Municipal. Na última sessão do legislativo, vários vereadores abordaram a situação de várias delas.
Segundo os vereadores, a Prefeitura realizou licitação, na qual teve como vencedora a empresa Consitec Engenharia e Tecnologia, mas que passado mais de um ano ainda não há nenhuma obra concluída, ou quadras em condições de uso.
Os vereadores ressaltam que a empresa foi vencedora de uma licitação no valor próximo a R$ 26 milhões, mas que funcionários da Consitec estariam alegando falta de pagamento por parte do Poder Executivo.
Em requerimento, o professor Gleivison Gaspar (PMDB), aponta as quadras das escolas Maria Alice Rangel, no bairro do Jaraguá, Walfrido Monteiro, no Morro do Abrigo, Edileusa Brasil, em Maresias e Nair Ribeiro, em Juquehy, por exemplo, estão interditadas, ou sem condições de uso.
O requerimento cobra informações da Secretaria de Educação (Seduc), sobre a paralisação de obras, inexistência de coberturas, ou mesmo interdição das quadras.
O vereador quer saber o motivo que impede o inicio de reforma e manutenção desses locais. Para Gleivison, que também é professor, a situação afeta também o trabalho pedagógico, que estaria comprometido.
O vereador Ernane Primazzi (PSC), citou que a empresa já recebeu empenhos de aproximadamente R$ 9 milhões, apesar de até o momento não ter as obras concluídas.
Ele afirmou ainda que a empresa teria aberto uma filial na Flórida – nos Estados Unidos, após vencer licitação de R$ 26 milhões em São Sebastião.
“Eu entendo que cabe a abertura de uma CEI e descobrir o que realmente está acontecendo”, propôs o vereador.
Gleivison entende que é melhor aguardar as respostas da prefeitura, antes de propor a CEI.
O próprio presidente da casa, Reinaldo Alves Moreira Filho (PSDB), concordou com as críticas. Ele citou por exemplo, a qualidade nas intervenções na escola Edileusa, em Maresias, feitas pela empresa vencedora da licitação.
“Aquilo não foi obra. Horrível. E se aquilo foi obra dessa empresa não tem que receber mesmo. Que ela (Consitec) termine pelo menos uma obra, para que ganhe um pouquinho de confiança”, comentou Reinaldinho, que sugeriu um acompanhamento dessa situação pela comissão parlamentar de obra.
Outro lado
O prefeito sebastianense, Felipe Augusto (PSDB), afirmou que a empresa faliu e abandonou as obras. O prefeito, no entanto, não informou que providências a prefeitura pretende adotar com relação a empresa e a continuidade dos trabalhos.
A reportagem procurou a empresa Consitec, mas até o fechamento da matéria não houve resposta.
