O juiz titular de Caraguatatuba, Gustavo Catunda Mendes, emitiu nesta sexta-feira (21/09) uma sentença favorável aos quiosqueiros da cidade e que vai evitar a ameaça de demolição dos estabelecimentos na cidade situados entre o Rio Tabatinga e Rio Juqueriquerê.
O pedido de demolição, de abertura de licitação e regramento da orla marítima foi proposto pelo Ministério Público Federal, mas foi rejeitado pelo magistrado.
Em seu despacho, Gustavo Catunda Mendes ressalta que o assunto requer uma análise social mais detalhada, em função do tempo de permanência dos quiosqueiros nas unidades instaladas nas praias de Caraguatatuba.
“Rejeito a pretensão da parte autora (MPF) de demolição como um todo dos quiosques e de cessação total das atividades comerciais nos quiosques na orla de Caraguatatuba”, sentencia.
O magistrado também negou a abertura de licitação para concessões nos locais. “Rejeito a imposição de abertura de licitação futura para fins de concessão ou permissão de atividade comercial nos quiosques da orla da Estância Balneária de Caraguatatuba”.
Porém, o juiz pede ainda que seja apresentado um plano de urbanização nos locais onde há quiosques, bem como adequações por parte dos ocupantes. Entre as exigências estão a regeneração de vegetação nativa, o disciplinamento no uso de cadeiras, o atendimento das normas relativas à saúde pública (manipulação de alimentos, caixa de gordura, sistema de esgoto e água encanada), adequações sobre a questão da poluição sonora e todas as exigências determinadas pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis).
O juiz ressalta que só se enquadram na sentença os proprietários de quiosques que tenham mais de 5 anos de concessão. E que os concessionários não tenham outra renda e não sejam servidor público em qualquer esfera.
Estima-se que mais de 95% dos quiosques se enquadram na decisão proferida pelo juiz de Caraguatatuba.
MPF
O MPF(Ministério Público Federal) informou que ainda não foi comunicado da decisão do juiz e, também, que desconhece o teor da sentença dada por ele. O MPF poderá recorrer da decisão.
O MPF, através de uma ação civil pública, pedia uma nova licitação por parte da prefeitura. O MPF concordava em dar um prazo de cinco anos aos atuais comerciantes e depois disso, a prefeitura faria uma nov a licitação.
A prefeitura reivindicava um prazo de 10 anos, renováveis por mais 10 anos, para depois fazer a licitação.
MPF e Prefeitura negociavam a formalização de um TAC(Termo de Ajuste de Conduta) para regularizar a situação. Uma nova reunião entre as parte seria realizada nos próximos dias.
A sentença da justiça, deve alterar as regras da negociação. O MPF, no entanto, poderá recorrer da decisão.
Luta
Desde o início do ano, o prefeito Aguilar Junior tem tratado pessoalmente do assunto e montou uma comissão formada por secretários municipais e quiosqueiros para tratar do assunto. Na mesa de negociações estiveram ainda representantes da SPU (Secretaria de Patrimônio da União), AGU (Advocacia Geral da União) e MPF (Ministério Público Federal).
Aguilar Junior comemorou a decisão e disse que a vitória é de Caraguatatuba. “Quando percebemos a luta, coloquei a estrutura da Prefeitura toda a disposição dos quiosqueiros. Estamos falando que estão há mais de 20 anos no local, sem contar a geração de empregos”, destaca.
Atualmente, Caraguatatuba possui 98 quiosques credenciados na cidade (desde a praia Tabatinga até o Porto Novo)
Decisão sensata se contrapor a uma medida radical do MP contra trabalhadores que geram tantos empregos a despeito de tantas dificuldades e à mercê das adversidades do tempo.
Eu concordo que todos têm que trabalhar mas tem que respeitar os espaços de cada um por exemplo na prai Martim de Sá os kioskeiros abusam do espaço com mesas e cadeiras poderia ter uma fiscalização nesta área
Eu moro em caçapava e vou a Caraguá de 2 a 3 vezes por mês eu adoro a praia Martim de Sá mas falta fiscalização da vigilância sanitária sobre as coisas que são vendidas como os espetos de frango linguiça e queijo falta também fiscalização sobre os kioskes colocarem mesas e cadeiras cada vez está mais difícil achar um espaço na areia pôs as mesas e cadeiras estão tomando conta