Por Maria Jaislane
As “lojas de praia” fazem sucesso nas cidades do Litoral Norte. Por onde se circula nas praias, tem lojinhas que vende biquínis, vestidinhos, shortinhos e saídas de banho.
Esse tipo de comércio informal caiu no agrado das turistas que frequentam as praias da região. A clientela gosta pelo contato direto com a vendedora(a dona), diversidade dos modelos e agilidade no pagamento, que pode ser feito no cartão de crédito, com a compra podendo ser até parcelada em várias vezes.
Cleide Silva, artista plástica de Campinas, se diz uma cliente desse tipo de comércio. “É muito legal. Ao invés de ir ao shopping, disputar uma vaga no estacionamento, enfrentar correrias. Aqui na praia, fica muito mais fácil a compra e a diversidade e preços dos produtos são interessantes”, comentou.
Novidades
Com a chegada do verão, a moda praia apresenta uma nova feminilidade, menos delicada e mais cheia de atitude, com recortes ousados contrastando com estampas clássicas e paleta de cores vibrantes para atualizar os “shapes” retrô.
“A tendência para esse verão está nos biquínis Neon, porém, estou apostando mais nas cores mais clarinhas, como o azul e rosa bebê, acredito que, por serem cores neutras. Inclusive, ultimamente são as peças que mais estou vendendo, sem falar é claro, dos biquínis de laços, esses nunca saem de moda”, explica a empresária Verônica Mesquita.
A comerciante Verônica Mesquita, mais conhecida como Kika, possui uma loja física em Juquehy, mas optou, também, em vender seus produtos na praia.
Empresária Verônica, a Kika, em Juquehy, garante que vendas na praia superam as da loja física
Segundo Kika, a ideia surgiu a partir de uma fornecedora de biquínis, que a sugeriu um projeto na praia e a partir disso, ela foi até a Prefeitura, tirou uma licença e montou um carrinho, num estilo mais vintage, para oferecer seus biquínis em plena praia.
“A loja não estava tendo um fluxo tão grande de turistas, tenho os meus clientes locais é claro, mas, faltava ainda o outro público, sendo assim fui em busca deles. Há um mês estou com o carrinho e estou tendo um retorno muito positivo, clientes da praia pra loja, já veio clientes que comprou na praia e não conhecia a loja”, relata a comerciante.
A loja física existe há dois anos, mas Verônica, que trabalha com vendas há 18 anos. está se surpreendendo com as vendas feitas na praia. As opções de modelo tem agradado a clientela, segundo ela.
” A estampa clássica também tem espaço na moda praia 2019. Os poás foram uma forte tendência nas ruas e agora chegam também aos biquínis, uma ótima notícia para os fãs dos modelos tradicionais. Assim como as cangas toalhas que também ganham espaço nesse verão, em cores vibrante ou em tons suaves, a padronagem traz um ar vintage até mesmo para as modelagens mais ousadas”, detalhou.
As peças dos biquínis podem ser montadas, e custam de R$ 50,00 à R$ 159 reais, algumas peças contém proteção UV. As cangas custam até R$ 160 reais. Segundo ela, aumentaram muito as vendas das cangas toalha, que de um lado é canga e do outro vira uma espécie de toalha, biquínis, sungas, cangas, viseiras e bolsas.
Em Caraguá, na Praia da Mococa, Eunice Pereira trabalha há 19 anos com sua “lojinha de praia” que ela monta, diariamente, durante a temporada. Fora da temporada, trabalha na praia aos sábados e domingos.
Eunice, vendas no cartão de crédito e sacolas personalizadas, igual as lojas de shopping
” Minha família é sustentada com esse trabalho há 19 anos”, contou ela. Ela tem uma clientela bastante antiga e de várias cidades e estados do país. Segundo ela, todo o verão coloca a venda produtos que estão na moda, que as vezes, nem em shoppings center são encontrados.
“A clientela que frequentas as praias da região norte de Caraguá é bem exigente e ciente do que está na moda. Tem cliente, da capital e do interior, que faz até encomenda”, informou. Ela chega a vender 60 biquínis por dia, principalmente, no período que vai do Natal ao dia 15 de janeiro, de maior movimentação na praia, que nesta época chega a ter nove lojas informais de moda praia.
Eunice até gostaria de ter uma loja física, mas acredita que as vendas a beira mar são bem melhores. “O valor do aluguel, os gastos com imposto municipal, estadual e federal e as despesas de água, luz e telefone dificultam a abertura da loja física neste momento”, finalizou.
Lojas
Larissa, da Lari’Store, em Juquehy, estampas com frutas é um dos destaque nesse verão
Segundo Giulian, da Annabelle Vestuário, de Barra do Una, branco é garantia de sucesso na virada do ano
