O DER(Departamento de Estradas de Rodagem) deve iniciar esta semana as obras de recuperação do trecho do Km 116, entre as praias da Enseada e Cigarras, atingido por uma erosão devido as fortes chuvas ocorridas na semana passada.
A demora na recuperação do trecho pode provocar o desvio de navios programados para o porto local para o terminal de Santos, uma vez que, enquanto não concluir obras da Sabesp e no trecho, permanece a proibição da circulação, pelo local, de carretas que operam no porto. As empresas estão operando com caminhões menores.
Atualmente, o tráfego local flui por uma faixa de rolamento e pelo acostamento com o apoio e orientação das equipes da Unidade Básica de Atendimento do DER (UBA), em sistema Para & Siga.
A Sabesp está fazendo o remanejamento da tubulação atingida pela erosão. A adutora, responsável pelo abastecimento de bairros da costa sul e central de São Sebastião, ficou “suspensa” nas encostas, após as fortes chuvas.
Desde sexta, o tráfego de veículos no Km 116 está sendo feito em meia pista da 1 às 5 horas da madrugada para que a empresa agilize os serviços para que o DER possa dar início as obras de recuperação da estrada.
A Sabesp está com todo o seu contingente mobilizado para atuação nessa operação, incluindo três equipes de soldadores, e nesse período, que antecede o remanejamento da tubulação. A obra deve ser finalizada nesta segunda.
Segundo o superintendente da Sabesp no Litoral Norte, Eng. José Bosco Fernandes de Castro, a operação será realizada em duas etapas, sendo esta primeira somente para assentamento das tubulações. “Escolhemos executar a operação durante a madrugada, reduzindo assim o impacto com relação à mobilidade”, destacou.
Bosco explicou ainda que não haverá qualquer interrupção no abastecimento de água, pois a interligação das redes ocorrerá num próximo momento. No entanto, a Sabesp pede à população o uso racional da água nesse período. Casos de emergência devem ser comunicados à Central de Atendimento pelo telefone 0800 055 195.
Não se sabe se o DER irá fazer obras nos oito deslizamentos de árvores e encostas ocorridos nos 7,4 quilômetros da Rio-Santos, entre as praias da Enseada e São Francisco.
São pequenos deslizamentos, indicando que as encostas estão bem frágeis devido as constantes chuvas.

Trecho entre Enseada e São Francisco têm oito pequenos deslizamentos em encostas
Na sexta(15), a estrada ficou interditada devido a queda de uma árvore nas proximidades da praia da Figueira.
O prefeito Felipe Augusto disse que as obras no trecho devem ser feitas pelo DER, uma vez que os deslizamentos ocorreram. Em faixa de domínio do órgão. O prefeito disse que os deslizamentos preocupam.
Porto
A situação nesse trecho que também preocupa o porto de São Sebastião. É que com a restrição feita as carretas de maiores portes que seguem em direção ao porto, as empresas estão utilizando caminhões menores, que encarecem o transporte e atrasam as operações dos navios.
Como as carretas não podem utilizar a Rio-Santos, uma vez que é proibido o tráfego de carretas no trecho, caso demore muito a recuperação do km 116, algumas empresas poderão desviar seus embarques e desembarques para o porto de Santos.
Essa preocupação foi levada ao secretário de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, pelo presidente da Codesp de São Sebastião, Vitor Costa. O contorno Sul da Tamoios está sendo construído justamente para incrementar a exportação e importação por São Sebastião.
O contorno permitirá que carretas transportem mais volume e agilizem o acesso até o porto. As obras foram paralisadas em maio do ano passado e devem ser retomadas, assim que houver um acerto entra a Dersa e a empreiteira responsável pela obra, a Queiroz Galvão.
Com relação às obras de ampliação do porto, paralisadas devido a ações civis e ambientais, a secretaria de Transportes informou que a questão está na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) a quem compete dar sequência aos processo em conformidade com o plano nacional de logística portuária.
Em 2018, o porto sebastianense movimentou um total de 718,1 mil toneladas de cargas. No ano passado, 84 navios atracaram e operaram no Porto de São Sebastião.

Precariedade dos acessos pode prejudicar porto sebastianense