A Associação Brasileira de Surfe Profissional confirmou a realização de duas provas do brasileiro deste ano na praia de Itamambuca, em Ubatuba.
A abertura está confirmada para os dias 17 a 19 de maio, enquanto que a final será nos dias 18 a 20 de outubro. Mais uma vez, o evento definirá a campeã brasileira profissional de surf, com R$ 15 mil em premiação, e também contará com a disputa na categoria pro-júnior, novamente valendo o título nacional e mais R$ 5 mil às primeiras colocadas. O trabalho de base segue mantido, reunindo as meninas nas faixas etárias sub10, sub12, sub14 e sub16 e, para completar a festa, a disputa do longboard, os famosos pranchões.
“O meu objetivo foi ajudar a categoria feminina, que tem pouco investimento no Brasil, e agora já estamos no quinto ano consecutivo e fico feliz de ver o campeonato estabelecido, forte, esperado pelas meninas todas. Sempre via minha irmã (Suellen Naraísa), que foi bicampeã brasileira, batalhando muito e quis fortalecer esse trabalho. Agora, ela me ajuda junto com a minha mãe (Eliane), que sempre esteve envolvida com o surf com seus quatro filhos, e fico feliz em ver que continuamos crescendo”, afirma Wiggolly Dantas, que já figurou na elite mundial por três temporadas e segue competindo no QS.
Para Eliane Dantas, que hoje atua no comando do evento, a realização de duas etapas é o exemplo que é possível investir no surf feminino. “Os anos anteriores consolidaram a nossa iniciativa de apoiar o surf feminino e agora, a Família Dantas conseguiu uma emenda parlamentar, garantindo que a Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania, celebre um convênio com a Prefeitura Municipal de Ubatuba, através da Secretaria de Esportes e Lazer, e teremos duas etapas na mesma temporada, o que é muito importante para o nosso esporte. Queremos incentivar cada vez mais esse crescimento”, diz Eliane, que há mais de quatro décadas trabalha na Praia de Itamambuca, com seu quiosque de lanches e viu várias gerações do surf sendo formadas.
Na primeira edição do evento, em 2015, a vitória na categoria profissional foi da catarinense Jaqueline Silva, que já foi vice-campeã mundial do CT. No ano seguinte, mais uma vitória de uma atleta com vivência na elite mundial, a cearense Silvana Lima. Em 2017, final “caseira” com Luana Coutinho superando Camila Cássia, para garantir o título. Já na edição 2018, Camila Cássia voltou a fazer final, ficou em segundo e, desta vez, sagrou-se a campeã nacional.
A festa também foi da catarinense Tainá Hinckel, sem dúvida, uma das grandes promessas do surf feminino, vencendo tanto a profissional quanto a pro-júnior. Outro destaque ficou para a “dobradinha” da família Mandelli, de Matinhos, com Thiara, a mãe sendo bicampeã do evento no longboard, e Luara, a filha, a vitoriosa na sub10. Na sub16, a carioca Maju Freitas repetiu o primeiro lugar de 2017, enquanto que a torcida local também comemorou as duas vitórias de Nairê Marquez, na sub12 e sub14.