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Atleta medalhista de São Sebastião busca apoio para competir

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Marcello Veríssimo
Marcello Veríssimo

Marcia Tamasiro coleciona medalhas e trofeus em mais de duas décadas como esportista

A primeira medalha veio em 1976; de lá para cá atleta coleciona medalhas e recordes

Por Marcello Veríssimo

Ela é mulher, mãe, avó, dona de casa, trabalhadora como milhares de brasileiras por todo país. Sua válvula de escape: o esporte. Atletismo, natação ou uma “simples caminhada”, como ela mesmo diz, já liberam endorfina, “a melhor droga que existe”, que ajuda a manter a calma trazendo uma sensação de felicidade.

Márcia Tamasiro, 52 anos, atleta há mais de 20, cruzou os cinco continentes fazendo o que mais gosta: praticar esporte. Seja na terra ou na água, a caiçara filha de mãe portuguesa e pai japonês conta que entre os maiores benefícios que a corrida trouxe para ela – e que faz com que o recomende às amigas – é “a vontade de viver, espantar a depressão, você começar o dia correndo, antes do trabalho, e passar o dia inteiro bem, feliz, zen”.

Para ela, o visual privilegiado da natureza no Litoral Norte de São Paulo, mais especificamente de São Sebastião e Ilhabela, funciona como uma espécie de “mola propulsora”, trazendo muitos benefícios. “O esporte manda endorfina para todo seu corpo, alivia o estresse do dia a dia”, explica.

Outro ponto que influenciou a atleta é o desafio por novas conquistas, novas modalidades. “Já nadei também pelos cinco tipos de água: rio, lagoa, represa, piscina e mar”, completa.

306 MEIO marcello x terra cerrado 3

Márcia é uma mulher de recordes, entre eles o dos Jogos Internacionais de Polícia e Bombeiro, em 2008, em que contabilizou 9 medalhas de ouro e 6 de prata, em Orlando, nos Estados Unidos. Antes disso, em 2003, conquistou medalhas em Barcelona, na Espanha, em prova de 21km, no mundial, e em 2005 “repeti a façanha, conquistando medalhas em cross country, natação, corrida”.

Em 2007, Márcia participou de competição na Austrália e, em 2009, bateu seu recorde na marcha atlética em Vancouver, no Canadá. Em 2011, manteve o índice novamente nos Estados Unidos e em 2013 mais uma conquista, dessa vez em Belfast, capital da Irlanda do Norte.

Talento – Depois de tantos anos dedicados ao esporte, com uma galeria de aproximadamente 600 troféus e medalhas, Márcia conta que “gostaria muito de ser reconhecida” e receber apoio, seja da iniciativa privada ou do poder público, para poder participar das competições. Ela arca com todas as suas despesas. “Todo mundo diz que me conhece, que me acompanha, e gostaria que alguém pudesse me dar uma ajuda”.

Atualmente, as conquistas são expostas no Facebook, já que o município não possui mais jornal local, que foi extinto esse ano dando espaço para novas mídias na Internet.

Duas décadas dedicadas ao esporte fizeram com que Márcia se tornasse, hoje, uma mulher fora dos padrões do sedentarismo, cansaço e com coração – literalmente – de ouro. É o que ela avalia durante seus treinamentos antes das competições. “Na esteira eu me preocupo com quantos kms percorri e em quanto tempo”, conta a atleta, que anota todos os dados em agendas para ter o controle de sua evolução.

Por alto, diz ela, chegou a percorrer 5km em 29,55 minutos. “Ano passado, em Medelin, na Colômbia, no Sul Americano Master de Atletismo, uma chilena me ameaçou nos 100 metros finais. Mantive o pique e pensei: o ouro é meu, aí todo mundo levantou e aplaudiu por eu não permitir ela ganhar”, relembra.

Márcia ainda participou de 8 edições da Corrida de São Silvestre, saindo no pelotão de elite, e agora se prepara para a marcha atlética nos Jogos Regionais em Taubaté, no Vale do Paraíba, no próximo dia 7 de julho.

Foco de Mãe para Filho – Márcia Tamasiro conta que o esporte também aprimora o foco para garantir os objetivos na vida. Tanto é que, desde pequeno, ela influencia seu filho Felipe Tamasiro a praticar esportes. Hoje, o rapaz, pai de uma menina, é bombeiro do Salvamar Paulista e ajuda a salvar vidas nas praias da região. “O foco te disciplina em todas as áreas da sua vida fazendo com que tudo flua melhor. É só jogar a sementinha.”, filosofa.

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