Nesta quinta-feira (20), os petroleiros do Litoral Norte, mais uma vez, irão promover a venda de gás de cozinha, ao preço de R$ 30. Dessa vez, a venda do vale gás será feita, a partir das 14h, na Praça Cândido Mota, em Caraguatatuba.
Serão distribuídos 100 tíquetes, que darão direito a compra de 1 botijão por família. Os interessados devem apresentar conta de luz ou água no momento da retirada do vale.
Durante a venda, os petroleiros irão distribuir material informativo explicando os motivos da ação. A reivindicação por preço justo para o gás de cozinha e combustíveis é uma das bandeiras da greve nacional da categoria, que também envolve a luta pela manutenção de direitos e contra a demissão de aproximadamente mil trabalhadores da Fafen Araucária (PR). Com a iniciativa, os trabalhadores esperam ampliar o debate sobre o tema.
Após a venda será realizada passeata que sairá às 16h, do mesmo local, e seguirá até o centro da cidade. O ato, que é aberto ao público em geral, terá como lema “Por uma Petrobras 100% estatal, contra as demissões arbitrárias no Sistema Petrobrás e pela redução do preço do combustível”.
No Litoral Norte, aderiram greve petroleiros do Tebar(Terminal Marítimo Almirante Barrosos), o maior da Petrobrás no país e trabalhadores da UTGCA(Unidade de Tratamento de Gás) de Caraguatatuba. Segundo a Transpetro, nas duas unidades, as operações estariam normalizadas apesar da greve.
TST
O ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), decidiu ontem, segunda-feira(17) considerar ilegal a greve dos petroleiros da Petrobras, iniciada há 17 dias . Cabe recurso contra a decisão. A previsão é de que o dissídio coletivo seja julgado pelo TST no dia 9 de março.
Na decisão liminar, o ministro também autorizou a estatal a impor sanções disciplinares contra os grevistas, entre elas, corte de salário e demissão por justa causa como forma de garantir o cumprimento do efetivo de 90% dos petroleiros trabalhando para não interromper a produção da Petrobras.
Na decisão, Ives Gandra Filho entendeu que a greve é abusiva porque não foram cumpridas diversas determinações de outras liminares concedidas à empresa para garantir as atividades.