Representantes dos hospitais privados se posicionaram ontem. quarta-feira (01/04), em reunião com o Ministério da Saúde, sobre o panorama em relação à escassez de Equipamentos, EPIs e insumos prioritários para a prevenção e tratamento da Covid-19.
Segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), que reúne 122 hospitais de todo o Brasil, a situação do suprimento e estoques está se agravando e não há expectativa de normalização.
Pelo contrário. O avanço da epidemia resultou na escassez de insumos no mercado interno e na alta de preços, bem como em requisições administrativas por parte de governos municipais, estaduais e do Ministério da Saúde, que não contribuíram para a segurança necessária para o enfrentamento ao novo coronavírus. A demanda, que seria suprida pela importação direta de equipamentos e insumos da China, foi bloqueada agora pela preferência dada aos Estados Unidos. Com isso, torna-se imprescindível que os órgãos competentes do Governo se mobilizem rapidamente para evitar o desabastecimento e assegurarem o engajamento emergencial da indústria brasileira para que a produção local seja a alternativa mais rápida e segura para o setor neste momento.
Os estoques de EPIs dos hospitais privados estão se reduzindo de forma acelerada, pois 75% dos associados Anahp relatam uma queda de 47 dias, em média, para menos de 30 dias, sendo que cerca de 20% das instituições associadas sequer têm estoques. Ao mesmo tempo, aumentaram os contágios de profissionais de saúde. Se os EPIs faltarem, esse número aumentará substancialmente, o que afetará o atendimento de pacientes – que tende a crescer significativamente nas próximas semanas, de acordo com projeções do Ministério da Saúde.
A Anahp reforça a necessidade de ações imediatas que promovam a produção interna de EPIs e de insumos relacionados à detecção e ao tratamento dos pacientes com a Covid-19 e, ao mesmo tempo, que também contribuam para a economia doméstica. A entidade solicita apoio de todas as Federações de Indústrias e da Confederação Nacional da Indústria para enfrentar este momento. A entidade reafirma que mantém um canal aberto e direto com o Governo e se coloca à disposição para discutir os melhores caminhos para resolver essas questões de forma ágil e objetiva, como a urgência requer.