A polícia civil ainda não conseguiu esclarecer a morte do comerciante Joasir José Peron, de 42 anos, dono da Pousada e Churrascaria Peron, executado dentro de seu restaurante, localizado no bairro do Poiares, em Caraguatatuba, no dia 30 de abril do ano passado.
Um ano após o crime, a morte do comerciante permanece um mistério. Peron era muito conhecido e mantinha ligações com políticos da cidade, principalmente, vereadores e além de outras atividades comerciais, entre elas, venda de imóveis e veículos.
O comerciante foi morto por volta das 7h30 da manhã, do dia 30 de abril do ano passado, quando tomava café no estabelecimento, acompanhado de um dos filhos.

Execução ocorreu dentro da pousada do comerciante
Segundo informações, um homem desceu de uma motocicleta, entrou no salão e disparou quatro tiros em Peron. Um deles acertou sua cabeça. O comerciante morreu no local. O autor dos disparos fugiu em direção ao bairro do Tinga.
A policia civil utilizou câmeras de monitoramento para tentar identificar o autor do crime. Tentou também, localizar a moto utilizada pelo autor dos disparos. Ele teria sido executado por disparos de uma pistola 380.
Em junho de 2019, um homem foi preso em Ubatuba, no bairro da Marafunda, suspeito de ter sido o autor dos disparos, em posse de uma pistola taurus, 380, idêntica a utilizada na morte do comerciante.
Posteriormente, a participação dele no crime foi descartada pela polícia civil e pela justiça. O caso, segundo consta, segue sem esclarecimentos. D.N.S, de 29 anos, acabou sendo preso por portar munições.
O delegado titular de Caraguatatuba, Tadeu Ricardo de Castro, informou em agosto do ano passado, que o DEIC (Delegacia de Investigações Criminais) da capital tentava rastrear o celular do comerciante para tentar encontrar alguma pista que levasse ao autor do crime.
Um ano
Esta semana, consultamos o Ministério Público Estadual, para saber se alguém havia sido oficialmente acusado pelo crime. O MP informou que não tinha informações a respeito do caso.
O delegado seccional do Litoral Norte, Dr. Múcio Alvarenga, informou que a morte do comerciante Peron continua sendo investigada. Segundo ele, a polícia ainda mantém várias linhas de investigações.
Entre elas, de pessoas que deviam dinheiro para o comerciante e de supostas ameaças sofridas por ele após transações de imóveis ou carros. Não foram descartados, o envolvimento político de Peron, que mantinha ligações com alguns vereadores e, até mesmo, motivação passional.
O celular do comerciante, segundo Alvarenga, foi periciado, mas nenhuma pista teria sido encontrada. As imagens de câmeras de monitoramento obtidas pela polícia, inclusive, captadas por ônibus que passavam pelo local, no momento do crime, não permitiram a identificação do autor.
A arma utilizada no crime poderá levar ao autor do crime, segundo acredita o delegado seccional. Segundo ele, quando a arma for encontrada a polícia deverá chegar ao autor e ao possível mandante do crime.