Com o final do período do defeso da captura de camarão, encerrado no dia 1º, cresce a venda deste tipo de crustáceo no Litoral Norte. O defeso, ou seja a proibição da pesca, acontece sempre de março a junho, para permitir a reprodução da espécie.
Moradores e turistas aproveitam os preços baixos para estocarem o produto. Nos entrepostos de pesca da região, o camarão sete barbas pode ser adquirido por até R$ 15,00 e o camarão grande, por R$ 45,00. Fora desta época os preços chegam a R$35,00, o sete barbas e a R$ 70,00, o camarão grande.
Em Caraguatatuba, nos entrepostos de pesca do Porto Novo e do Camaroeiro o movimento tem sido dos maiores. A comercialização obedece os protocolos do Ministério da Saúde com distanciamento e uso de máscaras. A expectativa é que muita gente de fora desça ao Litoral Norte para comprar camarão.
“O preço está convidativo e o camarão fresquinho. Chega do barco e vai direto para a venda”, contou o vendedor Marquinhos, que atende em um dos box do Entreposto do Camaroeiro.
O aposentado Walter Silva, de Campinas, aproveitou para comprar quatro quilos do camarão grande. “Temos que aproveitar esta época, depois, o preço aumenta muito”, disse o aposentado. A esposa dele, Cleide, adora fazer o camarão cozido naturalmente.
O arquiteto Eduardo Bevilacqua, de São José dos Campos, foi outro que aproveitou para levar cerca de dois quilos do camarão grande para sua casa.
Pesca
A captura do camarão exige gastos e muito tempo no mar. Segundo o pescador Carlos Guri, seu barco chega a ficar dez dias em alto mar.
O camarão sete barbas e o do camarão branco grande são capturados mais próximo da costa da região, a cerca de dois quilômetros. Para capturar o camarão Rosa, a melhor espécie deles, é preciso ir até 100 quilômetros da costa em áreas mais profundas.
Segundo Guri, apesar do defeso, a pesca ainda não está razoável. “A média de captura tem sido de 60 quilos de camarão branco. Acreditamos que irá melhorar”, disse.