Em São Sebastião, um grupo de moradores resolveu realizar por conta própria um diagnóstico dos resíduos gerados nas praias do município. Eles fazem parte do Movimento São Sebastião Lixo Zero. Ao invés de realizar apenas a limpeza das praias, os moradores querem saber que tipos de resíduos são gerados, quais são as marcas das embalagens descartadas e de onde vêm. Eles também propõe o uso de embalagens compostáveis como alternativa aos materiais poluentes que normalmente são utilizados.
Até o momento, o grupo já realizou a ação nas praias de Camburi, Guaecá, Cigarras e Boiçucanga. A ação consiste em selecionar alguns ambulantes e turistas e entregar a eles sacos de cores diferentes para que eles façam a segregação dos resíduos na origem. A cor verde é para recicláveis (vidro, papel, garrafas plásticas, papelão), a cor preta é para os rejeitos (embalagens de isopor, descartáveis, embalagens metalizadas como as de salgadinhos e sorvetes) e a cor marrom é destinada aos orgânicos (como guardanapos, côco e espiga de milho). Os sacos coloridos são entregues de manhã e recolhidos no final do dia, quando é feita a separação e pesagem dos resíduos, ou seja, o estudo de gravimetria.

Embalagens ecológicas feitas com fibra de bananeira.
A moradora Tatiana Araujo, que participa do grupo, explica que o objetivo é reduzir a geração de resíduos nas praias. Uma proposta para substituir os plásticos descartáveis e o isopor é utilizar embalagens compostáveis, feitas por exemplo com fibra de bananeira ou amido de milho. Araujo conta que as embalagens estão sendo testadas por ambulantes parceiros, que devem avaliar a qualidade dos materiais alternativos na prática.

Embalagem feita com amido de milho e bagaço de cana.
O grupo também defende a importância da elaboração de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos participativo para São Sebastião.
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*Texto: Renata Takahashi / Tamoios News