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A arte não para em tempos de coronavírus

Tamoios News
Obra de Edson Macedo, no Porto Novo. Fotos: Taís Albuquerque

O trabalho do artista plástico Edson Macedo, de Caraguatatuba, transforma o concreto em pinturas expressivas e representativas da vida caiçara.

Em tempos de coronavírus, Macedo, através de suas pinturas, dá um colorido no que parece cinza, esperança de dias melhores.

Ele já é bem conhecido em Caraguá e em toda a região pela qualidade de suas obras, que já foram expostas em várias cidades.

O trabalho atual desenvolvido em unidades da Sabesp chama a atenção de todos, principalmente, por quem trafega pela região do bairro do Porto Novo, em Caraguá. moradores, veranistas e turistas.

Muros e até torres da empresa ganharam pinturas coloridas e bastante significativas, valorizando o caiçara e a cultural local e regional.

Macedo faz questão de agradecer o apoio e a estrutura fornecida pela Sabesp para poder desenvolver seu trabalho, sem esquecer do “mano” José Cláudio.

O artista plástico também agradece o incentivo de todos, que através das redes sociais, comentam da beleza de suas pinturas. As fotos são de Taís Albuquerque.

 

Macedo

Macedo, um artista caiçara, valorizando a comunidade tradicional

Edson Macedo da Costa, caiçara nascido e criado em Caraguatatuba, se interessou pela pintura desde de criança. Conta que quando morava em um sítio, usava o carvão, para pintar as paredes de taipa e as embalagens de pão que o pai trazia para casa.

Mais tarde, foi se especializando. Fez curso com o renomado artista plástico Antônio Carelli , em Caraguatatuba e passou a expor suas obras pela região.

Sobre o trabalho que desenvolve para a Sabesp, explicou que inicialmente a ideia era pintar pata impedir as pichações, mas a população gostou tanto do trabalho que passou a preservar suas pinturas.

“Quando o Ronaldo Serra Fernandes, da Sabesp, me ligou para fazer o trabalho gostei porque foi decidido que deveria retratar o caiçara tradicional, aquele que vive e depende da pesca para o seu sustento. Conversei com os moradores do Porto Novo e repassei o que eles me contaram na Torre da caixa d’água do bairro”, detalhou.

Macedo contou que para pintar o muro e a torre da caixa d’água levou três semanas.  O painel da torre tem 18 metros, Macedo precisou de uma suporte para trabalhar no local. O irmão Zé Cláudio ajudou a operar o guindaste para que pudesse pintar a parte de cima da torre.

Macedo usou um guindaste para pintar a torre