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A simpática aposentada de 82 anos que vende doces pelas ruas de Caraguatatuba

Tamoios News

A aposentada Dalva Momma de 82 anos vende doces caseiros preparados por ela pelas ruas da região central de Caraguatatuba.
Educada e simpática, Dalva aproveita suas qualidades para conquistar novos clientes e manter os antigos. “Tenho muita coragem graças a Deus. Eu adoro vender meus doces! Adoro conversar com as pessoas e ainda ganho um dinheirinho”, conta toda orgulhosa.
A reportagem do Tamoios News encontrou a doceira na entrada do estacionamento do supermercado Silva Indaiá, em Caraguatatuba, mas segundo ela os responsáveis pelo estabelecimento não permitem que ela venda naquele local. Dona Dalva não se dá por vencida e encara as dificuldades com muita leveza. Ela sai para vender nas proximidades do mercado, pontos de ônibus e locais com movimento. Aceita pagamento com cartão. Aprendeu a usar a maquininha e se vira muito bem com os pagamentos. “Minha filha que agilizou a maquininha para mim e me ensinou a usar”, revela a aposentada.
Dona Dalva aborda as pessoas com muita educação e é praticamente impossível resistir. Dalva não vende somente doces, ela dá uma lição de vida. Com a idade que tem, deixa de lado a timidez e a vergonha e consegue uma boa grana extra, ao invés de ficar em casa lamentando-se da situação atual.
Dalva tem dois filhos e uma neta. Viúva, ela percebeu que a aposentadoria não era suficiente para as despesas mensais como aluguel e demais gastos. Começou a preparar os doces quando ainda morava em São Paulo, pois na casa tinha um quintal com vários pés de mamão.

Segundo a filha Keiko Rosana Nishiguche, de 55 anos, que atualmente mora com a mãe, desde o início a ideia deu super certo, as pessoas gostaram e começaram a comprar sempre.
Em 2010 Dalva colocou em prática o desejo de morar no litoral, por gostar do mar e querer ter uma vida mais tranquila. Veio para Ubatuba onde morou por sete anos. E para continuar a ajudar nas despesas, ela manteve a venda dos doces para os vizinhos e conhecidos. Há três anos Dalva mudou-se para o bairro Indaiá, em Caraguatatuba.

Antes da pandemia, ela ia para São Paulo para comprar figo e laranja para preparar esses doces também. Com a pandemia, ela e a filha acharam melhor concentrar as vendas nos doces de abóbora e mamão que têm a matéria prima mais acessível na região. Os doces são acondicionados em bolsas térmicas e custam 20 reais o pote. Dificilmente ela volta para casa com potes de doces. “Não saio todos os dias, geralmente vou umas duas vezes por semana, mas quando coloco os pés para vender meus doces na rua volto para casa com as bolsas térmicas vazias e o bolso cheio de dinheiro”, alegra-se.