Foi marcado para a próxima segunda-feira (27/09), às 10 horas, no Fórum de São Sebastião, o júri popular dos acusados de matar “Lelo” (Wesley Augusto Sant’ Anna), arquiteto morto em 2018. O julgamento dos acusados Paula Regina Martins Sant’ Anna (viúva de Lelo) e Robson de Souza “Kero-Kero” (amante de Paula) não será aberto ao público. O processo corre em segredo de justiça.
Relembre o crime
Segundo informações dadas pela mulher de Lelo, Paula Regina, à polícia, teria havido uma agitação e muito barulho naquela madrugada do dia 6 de outubro, na parte inferior da casa da família, local onde Lelo se encontrava no momento do crime. O crime teria ocorrido por volta das 3h30 da madrugada de sábado, quando Lelo teria retornado de um barzinho.
Paula alegou que, assustada com o barulho, teria pedido ajuda aos vizinhos. Um dos vizinhos teria ido até o local e encontrado o arquiteto bastante ferido, em um sofá. Lelo, que trajava apenas uma cueca, de cor branca, estava com a cabeça caída sobre um dos “braços” de madeira do sofá. Havia muito sangue espalhado pelo local. Imediatamente, o vizinho teria acionado o resgate e a Polícia Militar.
O arquiteto chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu, quando estaria sendo removido para o Hospital de Clínicas de São Sebastião. A Polícia Civil esteve no local e constatou que foram levados da casa dois celulares e uma arma calibre 380, que era de propriedade da vítima. Nada mais teria sido levado.
Foi constatado pelo Instituto de Criminalística (IC) que uma porta lateral da cozinha havia sido forçada. Por essa porta, podem ter adentrado à residência os possíveis autores do crime. O IC também descartou a hipótese de que o arquiteto tenha sido morto a tiros. Na sala onde Lelo foi morto, não foram encontradas cápsulas de armas de fogo. A polícia apurou depois que o arquiteto teria sido morto com um ou vários golpes na cabeça.
A polícia não encontrou nenhuma testemunha que percebeu ou viu a movimentação de pessoas estranhas nas proximidades da casa do arquiteto durante a madrugada em que ocorreu o crime.
Até então, a polícia suspeitava de um latrocínio (roubo seguido de morte), mas as investigações coordenadas pelo delegado Vanderlei Pagliarini, levaram a Robson de Souza, como o autor do crime. Ele foi preso no dia 6 de novembro. Posteriormente, no dia 20 de dezembro, a viúva do arquiteto, Paula Regina, também foi indiciada pela morte do marido. Tudo indica que trata-se de um crime passional. Robson e Paula teriam um relacionamento.
Lelo ocupava o cargo de chefe de seção de Obras Particulares na Secretaria de Obras da Prefeitura de São Sebastião. Ele também foi policial militar na cidade até 2008.