De acordo com análise da Cetesb, todas as cidades da região possuem praias com bandeira vermelha; situação é mais crítica em Caraguatatuba
Por Ricardo Hiar, de Caraguatatuba
Após um feriado chuvoso e as chuvas isoladas que ainda atingem o Litoral Norte nesta sexta-feira (18), a qualidade da água nas praias da região apresentou uma considerável queda, em relação a semana passada. Conforme o mais recente mapa de balneabilidade divulgado pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), todas as cidades apresentam praias com bandeira vermelha.
A balneabilidade indica a qualidade das águas destinadas a recreação e o contato com as pessoas. Como esse contato pode ser direto e prolongado, é possível ocorrer a ingestão da água. Por esse motivo, a Cetesb analisa a qualidade das praias para apontar os riscos aos humanos. Quando a análise não resulta na qualidade aceitável, são inseridas as bandeiras vermelhas, para sinalizar que os banhistas devem evitar a água de tais praias.
Desta vez, o município com a situação mais crítica é Caraguatatuba, onde há oito praias impróprias para banho. Estão com restrições para banho as praias do Centro, Indaiá, Palmeiras, Pan Brasil, Porto Novo, Tabatinga, Cocanha e Prainha.
Em São Sebastião as praias que devem ser evitadas para banho são Praia Grande, Arrastão, Porto Grande, Pontal da Cruz, São Francisco e Prainha. Todas elas estão localizadas na região central e Costa Norte da cidade. As praias da Costa Sul estão todas próprias para banhistas.
Ubatuba também tem praias que não passaram pelo crivo da Cetesb, no que diz respeito a qualidade da água. No município ao extremo do Estado, não estão próprias para banhistas os dois trechos da praia Itaguá, além da Perequê Mirim e Lázaro.
No município de Ilhabela, onde na semana passada todas as praias estavam com bandeira verde, houve alteração. A praia do Sino e a Itaguaçu agora estão impróprias.
Segundo a Cetesb, corpos d’água contaminados por esgoto doméstico ao atingirem as águas das praias podem expor os banhistas a bactérias, vírus e protozoários. Apesar de não se tratarem de doenças graves, as crianças e idosos, ou pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem nadado em águas contaminadas.
O problema mais comum que ocorre em decorrência ao contato com águas contaminadas é a gastroenterite. Outros casos menos graves incluem infecções de olhos, ouvidos, nariz e garganta. Já em locais muito contaminados os banhistas podem estar expostos a doenças mais severas, hepatite A, cólera e febre tifóide.