Escola foi atingida por deslizamento e está parcialmente interditada; prefeitura gastou R$ 73 mil na locação de seis contêineres para atender a demanda
Por Ricardo Hiar, de São Sebastião
Pelo menos 463 alunos da escola municipal Nair Ribeiro de Almeida, em Juquehy, devem voltar a estudar no dia 11 de abril, após mais de 40 dias fora da sala de aula. O grupo retomará as atividades escolares em seis contêineres, que foram alugados pela prefeitura de São Sebastião de uma empresa especializada. Nesta segunda-feira (28), duas unidades já estavam em frente á escola, onde deverão ser instaladas.
No final de fevereiro fortes chuvas causaram um deslizamento de terras que destruiu parte da escola. Como o problema estrutural ainda não resolvido e há riscos de novos deslizamentos, de acordo com a Defesa Civil da cidade, a área continua interditada. Por conta disso, segundo a administração municipal, a solução mais rápida, a fim de não prejudicar o ano letivo das crianças, foi a instalação das salas provisórias.
Para realizar o serviço a prefeitura contratou a empresa Zap Indústria Comércio de Equipamentos. Conforme divulgado no Portal da Transparência, o contrato foi assinado em 10 de março e o valor que sairá dos cofres públicos é de R$ 73 mil.
Mais de mil alunos estão regularmente matriculados na unidade escolar de Juquehy. Depois de uma semana do incidente que atingiu a escola, os estudantes do 6º ao 9º ano puderam voltar às aulas, nas demais classes que não foram afetadas pelo deslizamento. Eles tiveram que repor os cinco dias letivos perdidos.
As outras turmas, que ainda estão sem aulas, também deverão repor os dias perdidos para conseguirem completar o ano letivo. Um calendário de compensação está sendo elaborado pela equipe gestora da escola, em conjunto com supervisores de ensino da Secretaria da Educação, para ser entregue aos responsáveis dos alunos no dia do retorno às atividades.
Segundo a prefeitura de São Sebastião, para realizar as intervenções na estrutura danificada pela chuva será preciso um laudo final da Defesa Civil Estadual, além de uma autorização do Ministério Público Ambiental, por se tratar de área de proteção.
Alguns pais de alunos temem dificuldades que os alunos poderão ter para concluir o ano letivo, assim como as condições que enfrentarão nessas salas provisórias, principalmente em relação o período de altas temperaturas.
A prefeitura, porém, afirma que os alunos não serão prejudicados e que os contêineres que serão instalados possuem estrutura termo acústica, ou seja, serão climatizados.