No próximo mês de junho deve ser instaurada consulta e audiência pública sobre o projeto para exploração de arrendamento no Porto de São Sebastião, visando a ampliação de capacidade do porto e de investimentos e novas cargas, segundo nota divulgada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).
Atualmente, o porto é administrado pela Companhia Docas de São Sebastião, empresa vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e, no último ano bateu novo recorde de movimentação de carga, alcançando mais de 1 milhão de toneladas, com crescimento de 12% comparado a 2022 e, tendo a receita ampliada em 51%, atingindo R$43,5 milhões.
Como afirma o conferente de carga do Porto de São Sebastião e atual Presidente do COMPORTO (Comitê de Desenvolvimento do Porto de São Sebastião), Felipe Santana, a importância da expansão do Porto se dá em razão das suas condições geográficas e geopolíticas: “temos o melhor porto natural das Américas de calado profundo na média de 25 metros, abrigado por uma cobertura natural denominado Ilha de São Sebastião, hoje município de Ilhabela, duas entradas marítimas e o nosso atual berço é único, raso e curto”. Além disso, Santana ressalta a necessidade do Porto conseguir atender as demandas comerciais do Brasil a partir do aumento da profundidade nos novos berços, para atender os navios que circundam o globo terrestre e tornar a região uma rota marítima superior a já existente.
Contudo, a questão ambiental se coloca em destaque quando o assunto é a expansão do Porto de São Sebastião dada as condições do entorno portuário. Por conseguinte, a expansão não deverá ser mais em níveis de extremos impactos, sendo apenas uma ponte de acesso à dois berços que formarão um “L” no canal, avançando da parte mais ao sul do pátio 4 em direção ao centro do canal, atingindo a profundidade mínima do berço interno na ordem de 15 metros de lâmina d´água, como salienta o Presidente do COMPORTO.
Além de poder provocar um grande salto de importância na navegação internacional, Felipe Santana acredita que a expansão “trará ao município e a toda região novas oportunidades de negócios no setor de logística e portuário, aumentará o número de vagas de trabalho em nosso município e região, além de aumentar consideravelmente as receitas das cidades procuradas por esses novos negócios”, finaliza. A expectativa é que a realização do leilão de arrendamento aconteça no primeiro semestre de 2025, segundo o MPor, mas somente em meados de 2027 as expansões marítimas devem iniciar.
Redação/Tamoios News

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