Por Luiz Tadeu
Ninguém pode ignorar o fato de que estamos vivendo momentos de grande conturbação. Em todos os sentidos.
Vamos esquecer por um momento o grave momento político, o mar de corrupção existente no País e os milhões de desempregados, cujas famílias passam momentos de grande privação.
O que me preocupa agora é como as nossas crianças estão sendo educadas, elas que serão o futuro deste Brasil tão sofrido. Não podemos esquecer que, quem tem a obrigação de educar são os pais e não os professores da escola. Aos professores, cabe a nobre função de levar conhecimento aos seus alunos.
Há pouco mais de um mês, recebi pela internet um vídeo, onde uma mãe, sentada num hall de aeroporto, estava ao lado de seu filho de mais ou menos dez anos de idade. A todo custo, ela procurava fazer com que o garoto continuasse sentado ao seu lado. Por sua vez, o menino não a respeitava e até a empurrava. Num certo momento, a mãe foi estapeada pelo filho, não tomando nenhuma atitude para contê-lo. Isto me chocou. Triste realidade.
Os exemplos da má educação são muitos.
Semana passada, no supermercado Pão de Açúcar, no balcão dos doces, uma mãe de mais ou menos trinta anos, também acompanhada por seu filho pré-adolescente, estava procurando um determinado bolo. O menino queria de qualquer jeito um bolo de brigadeiro e a mãe, delicadamente, lhe dizia que este estava meio esfarelado e seria bom levar outro, também com chocolate.
O menino não desistia e a mãe, com toda paciência, tentava convencê-lo do que seria melhor. Irritado por estar sendo contrariado, o garoto, demonstrando sua total falta de educação e respeito, olhou para a mãe e falou: “já te disse sua gorda filha de uma p… que eu quero o bolo de brigadeiro”. Chocante, muito chocante ouvir tanta grosseria, especialmente dirigida a uma mãe.
A atitude que a mãe tomou em seguida, deixou claro o porque da atitude de seu filho. Ela simplesmente comprou o tal bolo de brigadeiro e foram embora.
Costumo ser otimista. Entretanto, vejo com muita tristeza e desilusão os caminhos seguidos por nossos jovens, com agressões aos professores, violência sem limites e nenhum respeito aos mais velhos e principalmente aos pais.
Já em 1978, Renato Russo perguntava: Que país é este!
Meu filho, se fizer um bico ou demonstrar levemente uma contrariedade, já não compro nada e fica todo mundo sem, vou embora com as mãos abanando e em casa converso como se conversava antigamente.