O rapper, poeta e educador MC Brenalta, de São Sebastião (SP), será uma das atrações da abertura oficial da COP30, no dia 10 de novembro, em Belém (PA). O artista fará um show no pavilhão cultural da Blue Zone, espaço central da conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, onde acontecem as negociações oficiais, os painéis temáticos e as apresentações culturais que celebram a diversidade dos povos.
Além da apresentação, Brenalta também participa da Conferência da Juventude (COY), evento preparatório da COP30, representando a juventude periférica da Mata Atlântica com o apoio do FunBEA – Fundo Brasileiro de Educação Ambiental, organização que atua na descentralização de recursos e no fortalecimento de projetos de base em todo o Brasil.
“As guardiãs dos territórios são as vozes que vivem e sonham ali todos os dias. São as mãos que cuidam da terra e das águas, os braços que abraçam vizinhos e as mentes que criam novos espaços e possibilidades para os seus”, afirma o FunBEA em nota. “O Brenalta é uma dessas vozes.”
Do território ao palco global
Natural de São Sebastião, cidade marcada pela tragédia climática de 2023 e remanescente de uma das últimas faixas contínuas de Mata Atlântica do país, Breno Silva do Nascimento, o MC Brenalta, representa uma geração que faz da arte uma forma de resistência e reconstrução.
Fundador da primeira batalha de rima e poesia do Litoral Norte, o artista soma mais de 150 títulos em slams e batalhas de improviso. É também ator, educador e autor dos livros Margem (2023) e Versos que as bocas comem (2024), este com pré-lançamento marcado durante a COP30.
Em 2024, Brenalta foi contemplado pela Chamada Pública FunBEA pela Justiça e Educação Ambiental Climática, recebendo apoio financeiro e formativo para potencializar sua atuação no território. Agora, leva sua arte para o palco mais simbólico da conferência climática mundial.
“Quando penso em hip hop, automaticamente penso na quebrada e na luta coletiva. Falar sobre meio ambiente é a junção de tudo isso: quebrada e luta”, diz Brenalta.
“A juventude domina muito bem as redes, mas não podemos deixar de lado as tecnologias ancestrais — o olho no olho, o boca a boca, como faziam os nossos griôs.”
Cultura, juventude e justiça climática
A Blue Zone da COP30, instalada no Parque da Cidade, em Belém, é o espaço onde se concentram as plenárias, reuniões oficiais, pavilhões temáticos e apresentações culturais da conferência. Ali, Brenalta será um dos representantes brasileiros a subir ao palco da ONU, levando a arte do Litoral Norte e a força da juventude periférica da Mata Atlântica.
Durante a Conferência da Juventude (COY), entre 6 e 8 de novembro, o artista participa ao lado da ativista climática Mahryan Sampaio, presidente do Conselho do FunBEA, em debates sobre racismo ambiental, adaptação climática e financiamento para base.
“A presença do Brenalta em Belém é simbólica. Ele representa a força das juventudes periféricas e mostra que a cultura também é uma ferramenta de transformação climática”, afirma Mahryan Sampaio, presidente do Conselho do FunBEA.
“O FunBEA acredita na potência dos territórios e na construção de um novo futuro a partir das vozes que vêm da base.”
A arte como ferramenta de transformação
Com mais de uma década de atuação, o FunBEA é o primeiro fundo latino-americano voltado exclusivamente à educação ambiental e à justiça climática. Na COP30, atua como organização observadora credenciada, integrando a Casa Sul Global, rede que reúne 40 fundos independentes do Sul Global, entre eles a Rede Comuá, os Fundos da Amazônia e o movimento Shift the Power.
Para o FunBEA, o show do MC Brenalta na abertura da COP30 sintetiza sua missão: unir cultura, educação e justiça socioambiental em um mesmo palco.
“O Brenalta representa a potência dos territórios na construção de um novo futuro. Ele é a prova viva de que a juventude periférica também está construindo o caminho do clima”, conclui a organização.
Da quebrada de São Sebastião ao palco da ONU em Belém, MC Brenalta transforma rimas em consciência — e leva ao mundo a mensagem do FunBEA: a transformação começa pelo território.
Fonte: Assessoria de Imprensa FunBEA



