O brasileiro consome pouco pescado, cerca de 9,5 kg por ano. Muito abaixo da média mundial, que é superior a 20 kg/hab/ano. Para Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR), é preciso impulsionar o consumo no Brasil, uma vez que essa é uma proteína de excelente qualidade e extremamente saudável.
O presidente destaca ainda a diversidade do pescado produzido nacionalmente “temos que valorizar os peixes que cultivamos, como tilápia, tambaqui, pacu, tambacu, pirapitinga, tambatinga e dezenas de outras opções. São espécies que mostram o extremo potencial de produção de peixes que temos no país”.
Do consumo per capita atual, apenas um terço é de peixes de cultivo oriundos do Brasil. Grande parte é de peixes cultivados em outros países que são importados pelo Brasil, como o panga, cujo preço o tornou bastante popular e o salmão, muito utilizado nos restaurantes que servem comida oriental.
Com o objetivo de levar mais informações sobre os peixes de cultivo do Brasil para os consumidores e assim contribuir para o aumento do consumo, a PEIXE BR e seus mais de 100 associados estão lançando uma campanha nacional como parte da ação “Semana do Peixe”, que vai até o final de setembro.
A campanha promovida pela entidade para o aumento da demanda interna dos peixes de cultivo focará no consumidor final. Para isso, serão realizadas ações para sensibilizar e engajar os vários agentes da cadeia produtiva, como produtores, indústrias, varejistas, restaurantes e food service.
“Também vamos envolver nessa iniciativa os influenciadores, que podem ajudar – e muito – a levar informações de qualidade para quem já consome peixes de cultivo e para as pessoas que estão receptivas a este alimento muito saudável”, explica Francisco Medeiros.
A cadeia da Piscicultura está em formação, mas já é representativa. São mais de 1 milhão de empregos diretos gerados em todo o Brasil, com uma taxa média de crescimento de 10% ao ano na última década.
No Brasil as proteínas mais consumidas são lideradas por carnes bovina e de frango, ambas com 41,8 quilos por habitante/ano e a carne suína com um consumo de 15 quilos/habitante/ano.
Diversos estudos comprovam os benefícios do pescado para o corpo humano, além de ser uma proteína leve, de fácil digestão. Atualmente o mercado já oferece algumas opções práticas para o preparo e consumo, como os cortes na forma de filé. A tilápia, por ser a mais produzida, talvez seja a opção de filé mais encontrada nos supermercados.