O início da semana começou com uma excelente notícia: um Atobá-marrom (Sula leucogaster) foi devolvido para seu habitat depois de ter sido reabilitado com sucesso no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Ubatuba (CRD) do Instituto Argonauta, no âmbito do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Segundo informações, o Atobá foi resgatado com dificuldades para voar, pela equipe PMP-BS do Instituto Argonauta em Ilhabela no dia 26 de setembro do ano passado, e inicialmente foi encaminhado para atendimento na Unidade de Estabilização do Instituto Argonauta (UE) em São Sebastião, onde suspeitava-se de uma fratura na asa.
Dois dias depois, ele foi transferido para o CRD, onde passou por avaliação clínica e diversos exames complementares, e constatou-se que precisava passar por uma cirurgia. O Atobá passou por sessões diárias de fisioterapia durante 4 meses, treinos de voo no recinto, além de ter sido estimulado para caça e pesca.
Todo esse cuidado e atendimento especializado resultou em sua soltura na última segunda-feira, dia 1º, na Praia do Perequê-Açú em Ubatuba. Veja como foi a soltura através do vídeo, e vibre com a gente cada passinho da ave em direção a sua liberdade. Acesse o vídeo através do link: https://youtu.be/l68PISwH84A
Atobás são comuns na costa brasileira, principalmente na região sudeste. Aqui no Litoral Norte de São Paulo se reproduzem no Arquipélago de Alcatrazes. Essa espécie é conhecida por viajar longas distâncias para se alimentar. Mergulham até 15 metros para capturar a presa e assim que chegam perto da água, colocam as asas para trás para aumentar a velocidade. Às vezes, a velocidade é tão alta que alguns animais, quando não conseguem mergulhar corretamente, se machucam, podendo até causar fraturas nas asas.
O Instituto Argonauta também é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Argonauta monitora o Trecho 10, compreendido entre São Sebastião e Ubatuba.
Para maiores informações consulte: www.comunicabaciadesantos.com.br
*Fonte: Instituto Argonauta