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Auditor acusado de pedir propina de R$ 23 milhões foi preso às 6 da manhã em sua casa de veraneio na Praia de Santiago

Tamoios News
Imagem/Polícia Federal

O auditor da Receita Federal de São Paulo preso na Operação Probitas, deflagrada pela Polícia Federal, Receita Federal e MPF(Ministério Público Federal ), foi detido às 6 horas da manhã desta sexta-feira(12), por agentes da Polícia Federal de São Sebastião, em sua casa de veraneio localizada na Praia de Santiago, na costa sul do município.

O auditor, cujo nome está sendo mantido em sigilo, foi surpreendido com os agentes na porta de sua casa e com o mandado de prisão. Ele foi transferido ainda pela manhã para a sede da Policia Federal, na capital paulista, onde deverá permanecer detido enquanto ocorrem as investigações.

Auditor foi transferido para sede da PF em São Paulo

 

“Com o avanço das investigações, foi possível verificar a verossimilhança dos fatos alegados, constatando-se que o servidor solicitou propina, no valor aproximado de R$ 23 milhões, mediante a promessa de deixar de autuar estabelecimento comercial e encerrar os procedimentos de uma fiscalização tributária em andamento”, afirmou a PF.

A Corregedoria da Receita Federal informou que a operação teve a participação do Ministério Público Federal e a Polícia Federal com o propósito de combater prática de corrupção e lavagem dos recursos ilícitos auferidos por servidor da Receita Federal e pessoas relacionadas.

Foi cumprido um mandado de prisão temporária em desfavor de um servidor da Receita Federal, expedido pela 9ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

PF investiga documentação apreendida na operação. Foto: Divulgação Policia Federal

A Corregedoria da Receita Federal tomou conhecimento dos fatos por meio de denúncia e entrou em contato com a Polícia Federal para a efetivação de um trabalho conjunto, tendo integrado as investigações desde o seu início, em março de 2020.

Segundo a Receita Federal, participam diretamente da investigação servidores da Corregedoria e da Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal do Brasil. O nome do empresário está sendo mantido sob sigilo.

A Receita Federal do Brasil mantém-se fiel ao seu compromisso de buscar a excelência do serviço público e de manter incólume a moralidade administrativa, em respeito à população e aos demais membros de seu corpo funcional.

Em nota, a Receita Federal afirmou que sua corregedoria tomou conhecimento dos fatos por meio de denúncia e entrou em contato com a Polícia Federal para a efetivação de um trabalho conjunto, tendo integrado as investigações desde o seu início, em março de 2020.

Segundo a Receita Federal, a operação tem como objetivo investigar crimes de corrupção realizado por servidores da Receita Federal no Estado de São Paulo. As investigações tiveram início em março após um empresário denunciar que estaria sendo chantageado pelo auditor.

O auditor preso nesta sexta(12), teria pedido R$ 23 milhões de propina para não autuar um empresário e encerrar a fiscalização tributária. Segundo a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção passiva tributária, da Lei nº 8.137/90; associação criminosa, prevista no Código Penal; ou por organização criminosa da Lei nº 12.850/2013, a depender da evolução das investigações.

O nome da operação, Probitas, tem origem latina e significa probidade. Segundo a Polícia Federal, o nome foi escolhido já que a ação busca restabelecer a honestidade dentro da administração pública.