Meio Ambiente São Sebastião

Autoridades ainda investigam origem do óleo que causou dano a pescador

Tamoios News

Autoridades continuam investigando o caso, mas descartam vazamento de óleo no canal

Por Salim Burihan

As autoridades ainda não conseguiram apurar de onde veio o óleo que poluiu 30 quilos de pescado e danificou a rede do pescador Paulo Valdemar da Silva, de São Sebastião, na última quarta(15).

Segundo o pescador, que teve um prejuízo estimado em R$ 500,00, o acidente ocorreu próximo a Praia de Jabaquara, em Ilhabela. O pescado foi atingido por óleo cru, lançado ao mar, possivelmente, pelo navio Orient Transit, atracado a 1,5 quilômetros da costa da ilha.

A Capitania dos Portos informou que o navio será inspecionado e que todas as embarcações que atracam no porto de São Sebastião são fiscalizadas.

A Capitania informou ainda que não há indícios de vazamento de óleo na região. O navio Orient Transit, que supostamente teria lançado o óleo no mar, é de bandeira liberiana, e transportava barrilha.

A Companhia Docas de São Sebastião informou que ainda está sendo apurado o caso e que a gerencia ambiental não constatou óleo na região.

Segundo informou a Companhia Docas, a Marinha estaria averiguando qual embarcação teria descartado no mar o óleo e o barril que provocaram danos ao pescado e a rede do pescador.

Navio

O ambientalista Júlio Cardoso afirmou que as autoridades locais deveriam checar as condições dos navios que operam em São Sebastião.

Júlio fez fotos do navio Orient Transit e estranhou as condições do casco da embarcação. Segundo ele, o navio pode estar operando precariamente, mas isso teria que ser avaliado pelas autoridades.

Júlio comenta que muitas vezes empresas contratam navios em condições precárias devido ao valor do fretamento.

No caso do navio Orient Transit, a embarcação é de bandeira liberiana, ou seja, “bandeira de conveniência “, são navios que custam bem menos e não tem grandes exigências ambientais e de segurança. .

Segundo ele, navios que operam sob a bandeira nacional, ou sob bandeira de países europeus ou norte-americano,  exigem padrões mais altos e adequados, teriam custos maiores de manutenção e teriam que operar em níveis mais adequados em termos ambientais e sociais/trabalhistas.

A Capitania dos Portos informou que fiscaliza todos os navios que operam em São Sebastião.

O navio Orient Transit foi construído em 2010, é de bandeira liberiana, transporta 33.775 toneladas, tem 180 metros de comprimento e 30 metros de largura. A embarcação descarregou 22.700 toneladas de barrilha no porto.

Segundo o ambientalista Júlio Avelar, antigamente, até o início da década de 90, eram comuns os vazamentos de óleo no canal de São Sebastião, principalmente, devido às condições precárias dos navios que operavam no terminal.

Segundo ele, a partir do momento em que a Transpetro passou a operar com navios mais modernos, acabaram os registros de vazamento de óleo na região.

 

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