Uma moradora registrou a presença de uma caravela-portuguesa (Physalia physalis), na praia de Barequeçaba em São Sebastião, nesta sexta-feira (07). Esses organismos marinhos são confundidos com as águas-vivas e representam perigo para os banhistas.
Segundo explicou o biólogo e professor do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (CEBIMar/USP), Álvaro Migotto, “as caravelas-portuguesas são animais venenosos e o contato com partes do corpo da caravela, especialmente os tentáculos, causa dor muito forte, uma sensação parecida com queimadura”. Por isso, é importante se manter distante ao perceber a presença desses animais.
Em grupos das redes sociais é possível ver o relato de uma internauta que registrou, durante um passeio de barco, a presença das caravelas no mar, nas proximidades da praia de Barequeçaba, ainda no final de dezembro.
Em setembro do ano passado, a Defesa Civil de Ilhabela já alertava para a presença de caravelas-portuguesas na região. Na época, elas foram vistas na praia do Pinto, região Norte do arquipélago.
Esses organismos estão no oceano e, embora mais comuns nas regiões Norte e Nordeste do país, podem ser trazidas pelas correntes e pelo vento, e ser encontradas nas praias das regiões Sul e Sudeste.
É importante ficar atento às crianças, que são mais sensíveis ao veneno. E atenção, caso tenha contato com uma caravela:
1. Não esfregue o ferimento;
2. Aplique água do mar;
3. Utilize vinagre para desativar o veneno. Não use álcool ou lave com água doce em hipótese alguma, pois piora o envenenamento;
4. Procure auxílio médico.