Após 31 dias sem atividades, os trabalhadores do setor vão analisar nova proposta enviada pelos bancos
Por Ricardo Hiar, de São Sebastião
A greve dos bancários, que já é a mais longa desde 2004, pode estar próxima de ser encerrada. A decisão vai depender dos resultados das assembleias que estão previstas para o início da noite desta quinta-feira (6), para deliberar sobre a nova proposta apresentada ao setor pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
De acordo com o sindicato dos bancários, depois de várias rodadas de negociações sem êxito, os bancos encaminharam uma nova proposta ao grup ao grupo, no dia em que a paralisação completou um mês.
Desta vez, a Fenaban propôs aos funcionários um reajuste de 8%, além de um abono de R$ 3,5 mil que deve ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo.
Também foi proposto 15% de reajuste no vale alimentação, 10% no vale refeição e 10% no auxílio creche. Outro benefício apontado pelos bancos foi licença paternidade, que agora será de 20 dias.
Os bancários contarão ainda com um centro de realocação e requalificação para emprego. A ideia é que já fiquem acordados os reajustes para 2017, a fim de evitar futuras paralisações. O salário de 2017 deverá ser reajustado segundo o INPC, acrescido de mais 1% de aumento real. O mesmo será aplicado a todas as verbas.
Em relação ao tempo parado, foi proposto abono de todos os dias. Já sobre a participação de lucros, ela será reajustada pelos índices de 8% em 2016 e, além de inflação mais 1% de aumento real, em 2017.
Caso os bancários aceitem as propostas da Fenaban, as agências bancárias deverão voltar as atividades na sexta-feira (7).