Polícia São Sebastião

Boracéia sofre com problema de Segurança

Tamoios News
Foto: Ivânio de Abreu/TN. Moradores pedem por solução para áreas embargadas em Boracéia

Moradores tem relatado diversos assaltos e  furtos a residências

 

Por Ivânio de Abreu

O bairro de Boracéia, o último do município de São Sebastião, tem relatos por parte de seus moradores,  de dificuldades quanto a Segurança. Comércios assaltados, furtos em casas são alguns dos problemas.

“Fomos assaltados aqui, fiquei sabendo que o cara foi preso, mas já está solto. A Polícia passa por aqui. Enquanto estão presentes fica tudo bem. É só eles darem as costas, porque não vem frequentemente, acontece alguma coisa”, relata Diana Z. Lima Cesar, 32 anos, moradora de Boracéia, que teve seu comércio roubado no começo do mês.

Uma moradora de 47 anos, aceitou a falar com a reportagem, mas pediu para não se identificar por medo de represálias. “Nós temos mesmo muitos problemas por causa de segurança, como invasões e assaltos. Os comerciantes hoje em dia são muito ameaçados, já faz algum tempo que isso está acontecendo”, desabafa.

Para ela, o número de casos vem aumentando com o tempo. “Os furtos são incontáveis. Até porque as pessoas muitas vezes nem vão fazer o Boletim de Ocorrência (B.O), porque para elas conta só como estatística”, diz.

Segundo posts em redes sociais, o bairro de Boracéia 2, já no município de Bertioga, que faz divisa com a Boracéia sebastianense, teria registrado em Setembro 12 roubos, em menos de 30 dias, além de um assassinato e outros casos de furtos a residências.

Em São Sebastião, a média histórica de roubos no município é de 25 a 30 por mês. Com base nos dados da Secretária de Segurança Pública do Estado de São Paulo, de Janeiro a Setembro deste ano, em São Sebastião foram 233 casos de roubo e 871 furtos.

A reportagem apurou que até a última segunda-feira (23), em São Sebastião foram registrados oito casos de roubo, abrangendo da Costa Sul à Costa Norte. De acordo com o comandante da Polícia Militar, Eduardo Gonsales, “a pessoa que passa por um trauma como o roubo, nunca mais é a mesma. A marca que fica na vítima é muito forte. O roubo é o câncer social”, afirma Gonsales.

Segundo Gonsales, para alguns, oito ocorrências se comparado à média de 25 a 30 por mês, pode parecer um número insignificante, mas para aqueles que tiveram suas vidas afetadas por esse ação é um número grande.

foto: Ivânio de Abreu-TN/ Comandante da PM Gonzales

Estratégia – No trabalho de assegurar a tranquilidade dos moradores quanto a violência, o comandante ressalta a atuação do Conselho Municipal de Segurança (Conseg) na Costa Sul do município. O Conseg é um órgão oficial reconhecido pelo Estado, que é feito por voluntários da própria comunidade. Cada bairro tem o seu representante. A população passa informações à Polícia, facilitando muitas vezes na solução de casos.

Gonsales destaca que as estratégias policiais são estabelecidas a partir dos registros das ocorrências. “Com base nos números de registros, eu posso dar um direcionamento e suporte melhor a população, preciso ter uma média. Não posso garantir que 100% dos roubos estão sendo registrados, mas 90% deles sim”, assegura.

Para o comandante, a Segurança Pública se desenvolve em parceria com a população. “Nós como gestores da Segurança Pública, não podemos encarar a segurança como um número, eu preciso ter esses dados, mas sempre tendo em mente um trabalho humanizado e personalizado, onde a comunidade tem um papel importante trabalhando junto com a polícia”, relata Gonsales.

Gonsales considera o registro do Boletim de Ocorrência (B.O) como algo necessário para o desenvolvimento dos trabalhos da polícia. “Ele é o diagnostico do que está acontecendo, e as informações que as pessoas passam, são vitais na captura de criminosos”, explica Gonsales.

“Hoje em dia existem varias maneiras de se registrar o B.O, como por exemplo, a internet na Delegacia eletrônica, pelo disque denúncia 181 e até mesmo ligando 190. A viatura vai até o local onde registra o Boletim, o cidadão recebe esse B.O direto no seu e-mail”, diz o comandante.

O Boletim de Ocorrência é geralmente o documento que formaliza a notícia criminal perante a autoridade policial. A partir do documento, pode ser instaurado inquérito para apuração criminal – ou investigação – do crime relatado.

Câmeras – Uma das ferramentas de apoio para quem atua na área de Segurança, são as câmeras de monitoramento. Após realizar mapeamento dos bairros e estudo dos locais onde serão instaladas as novas câmeras de segurança, a Secretaria de Segurança Urbana (Segur) está na fase de tratativas com representantes das associações de bairro e da empresa responsável pela tecnologia, para definir o papel de cada setor no projeto.

foto: Divulgação/ Reunião para estudo de intalações de câmeras de segurança

De acordo com o secretário da pasta, José Roberto Lara, a ideia é que a Prefeitura forneça algumas câmeras e realize o monitoramento das particulares que já estão instaladas, como no caso dos bairros de Barra do Una e Baleia, através do Centro de Operações Integradas (COI).

“Estamos nos reunindo com os representantes das associações para definirmos os bairros que estarão interessados nesta parceria. O intuito é que tanto a prefeitura, quanto as associações, forneçam câmeras que serão monitoradas em uma rede integrada pelo COI”, afirmou o secretário.

Uma reunião com as entidades esta pré-agendada entre esta e a próxima semana para a definição da tecnologia que permitirá a instalação, manutenção e monitoramento de toda a Costa Sul do município. Até o momento, a praia de Barequeçaba é que está mais adiantada nas negociações. Até pela proximidade dos cabos de fibra ótica com o centro da cidade, o bairro que não possui nenhum tipo de monitoramento já acenou com a aquisição de novas câmeras para iniciar o processo de integração com a prefeitura.

O monitoramento de Costa Norte à Costa Sul, tem o intuito de promover uma segurança pública por parte da Administração atual, servindo principalmente de auxílio às forças policiais locais, como Guarda Civil Municipal (GCM), Polícia Militar e Polícia Civil.

1 Comentário

  • Não bastasse vir ser considerado futuramente à maior “OCUPAÇÃO DESORDENADA” do Litoral Norte Paulista, agora pode ser a mais violenta também!!!…
    Francamente!!!…

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