Moradores cobram onde foi parar bandeira instalada na divisa Caraguá-São Sebastião
Por Leonardo Rodrigues
O mastro enorme, instalado na Costa Norte de São Sebastião, na divisa com Caraguatatuba, está sem a sua bandeira.
Segundo os moradores, a bandeira de 18 metros foi retirada e não retornou mais ao mastro. Eles querem saber onde a bandeira foi parar.
O sumiço da bandeira chegou até a Câmara de Vereadores. O vereador Maurício Bardusco (MDB) fez um requerimento cobrando do executivo informações sobre o símbolo nacional instalado na divisa.
Segundo ele, a bandeira virou ponto de referência na região, e que já é a segunda vez que a mesma é retirada do local, desde o hasteamento dela em 2017.
“Depois que colocaram a bandeira na divisa, achei muito bom. Convida ao patriotismo, e marca quem está entrando na cidade”, comenta Vagner Rocha, morador do bairro Canto do Mar.
A opinião de Rocha é compartilhada por sua vizinha, Cláudia Franco. “Ficou bonito para quem chega na cidade. A região aqui não é muito bonita, e com a bandeira ficou marcante para quem vem de Caraguá”.
O estudante Tiago Gonçalves também aprova a iniciava da Administração Municipal de ter colocado a bandeira na Costa Norte, e diz chamar a atenção sua retirada sem explicação.
“Fica um vazio. Nos já nos acostumamos com ela, e agora a gente passa por lá, vê só o mastro e sente que falta algo”.
De acordo com o Comandante Barroso, da Guarda Civil Municipal (GCM), a bandeira foi retirada do mastro na divisa com Caraguá em função de ter sido danificada pela ação do tempo. Como é de grande porte, a bandeira sofreu danos provocados pelos fortes ventos na região.
Contudo, uma licitação já foi feita para aquisição de novo pavilhão e a empresa vencedora deve entregar a nova bandeira nos próximos 15 dias.
Histórico
A colocação da bandeira nacional na divisa da cidade foi decisão da atual Administração Municipal para dar destinação ao mastro de 21 metros de comprimento e a bandeira do Brasil com 18 metros quadrados, adquiridos em 2007, pelo então presidente da Câmara, Marcos Leopoldino.
Na ocasião, Leopoldino, pretendia instalar o mastro e a bandeira na frente do prédio da Câmara Municipal, mas a ideia foi rejeitada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).
A Câmara, na época, investiu R$ 28 mil na aquisição do mastro e da bandeira. Mastro e a bandeira ficaram guardados no pátio da prefeitura durante 10 anos.
As dimensões são expressivas, já que o mastro onde o pavilhão nacional foi hasteado tem 21 metros de comprimento – para se ter uma ideia o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros de altura.
O prefeito Felipe Augusto (PSDB), em seu primeiro ano de mandato, ao tomar conhecimento que o mastro e bandeira permaneciam no pátio da prefeitura, decidiu reaproveita-los, instalando-os na divisa da cidade com Caraguá.
O “monumento” se transformou em um atrativo para moradores das duas cidades, bem como, para veranistas e turistas. Por essa razão, todos que circula pela divisa estranham a falta da bandeira.