A política continua “pegando fogo” em Ilhabela. Nesta sexta(15), o Estadão publicou uma matéria envolvendo o vereador Valdir Veríssimo. Segundo o jornal, a Câmara de Ilhabela, só poderá cassar o mandato do vereador Valdir Veríssimo(Cidadania) se a condenação que o parlamentar sofreu em 2018, transitar em julgado e não couber mais recurso.
O professor Valdir, eleito em 2016, com 328 votos, foi condenado em 2018 a 2 anos, um mês e 15 dias de detenção, por posse de arma e caça ilegal de jacus e cutias.
A pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária no valor de dois salários mínimos, e 35 dias-multa, no mínimo legal. O vereador e, também, sua mulher, recorrem da decisão.
O vereador Valdir alega que o processo foi motivado contra ele por ‘questões políticas’ e garantiu ‘nunca ter caçado na vida’.
O advogado Francisco Leandro, que cuida da defesa do vereador, afirmou que o Professor Valdir Veríssimo foi vítima de uma armação criminosa planejada para prejudicar sua trajetória política.
Leandro disse ao Estadão que confia na justiça que em sede de 2.º grau será declarado nulo todo o processo por falta de provas.
A Câmara de Ilhabela alega que ‘não pode admitir qualquer medida contra o vereador Valdir, cujo mandato foi conferido pelo povo, sem a comprovação de sua culpabilidade, com a necessária sentença penal condenatória’.
A Câmara justificou ainda que ‘não cabe representação contra o vereador Valdir, uma vez que a sentença que o condenou ainda é objeto de recurso, sob pena de grave violação à Constituição Federal’.
A Câmara informou ainda que não pode admitir qualquer medida contra o Vereador Valdir, cujo mandato foi conferido pelo povo, sem a comprovação de sua culpabilidade, com a necessária sentença penal condenatória, razão pela qual não cabe representação contra o parlamentar, uma vez que a sentença que o condenou ainda é objeto de recurso, sob pena de grave violação à Constituição Federal.
Entenda
Em 2014, um sobrinho do vereador foi detido pela policia ambiental levou os policiais até a casa de Valdir. No local, os policiais encontraram uma espingarda, munições e quatro carcaças congeladas de animais, sendo um jacu e três cutias, dentro de um freezer.
O sobrinho admitiu ser o proprietário da arma e disse que a guardava na casa da tia, mulher de Valdir – Maria Aparecida Baltazar De Lorena Assunção, que também foi condenada na ação. Valdir negou que cassava e que desconhecia armas, munições e caças em sua casa. O MP moveu ação e a justiça condenou o professor em 2018, quando já ocupava o cargo de vereador. Valdir recorre.