A Câmara de Caraguá aprovou, por unanimidade, na manhã desta quinta(27), o Plano Municipal de Cultura, sem a inclusão das questões de gênero. O projeto foi aprovado por 13 dos 15 vereadores presentes à sessão. Os vereadores China e Salete não compareceram. A comunidade LGBT+ promete recorrer à justiça para manter no plano as questões de gênero.
A sessão foi bem agitada. O plenário esteve lotado. A Polícia Militar foi acionada para preservar os ânimos. Representantes da comunidade LGBTI+ levaram cartazes e se posicionaram em frente aos vereadores, na esperança de que o projeto incluísse as questões de gênero.
Representantes da comunidade mais conservadora também se fizeram presentes. O presidente da casa, vereador Carlinhos da Farmácia chegou a acionar a PM para conter as manifestações da comunidade LGBTI+.
Em troca, teve que ouvir os gritos de “homfóbico e facista”. Quando ele acionou a PM não encontrou respaldo pois os policiais já tinha deixado o local. A comunidade LGBTI+ presente à sessão que ficou indignada com a retirada de suas propostas no Plano Municipal de Cultura.
Os representantes da comunidade LGBTI+ gritavam palavras de ordem, como, “LGBT também é cultura”, “Queremos direitos iguais” e “LGBT também é humano”, mas não conseguiram sensibilizar os vereadores.
Segundo a promoter Thifany Félix, uma das líderes do movimento LGBTI+ na região, a comunidade deverá acionar, judicialmente, o Conselho de Cultura e os vereadores, por terem retirado do projeto as questões de gênero. “Foram aprovadas em conferência municipal realizada pela Fundação Cultural, não poderiam ter retirado esses temas do projeto”, argumentou.
O presidente do Conselho Municipal de Cultura, Luiz Fernando do Espírito Santo, disse que, o Conselho Municipal de Cultura tem poderes para mudar o plano aprovado em Conferência Municipal, retirando as questões de gênero.