Um dos motivos pela baixa procura da vacina é o medo dos efeitos colaterais
A campanha de vacinação contra a febre amarela que tinha como data final esse último sábado (17), foi prorrogada até o dia 2 de março na região devido à baixa procura nos postos de saúde.
Um dos motivos é o medo pelos efeitos colaterais que pode causar a vacina, como relata Thaina Cristina, 20, moradora de São Sebastião. “Eu vi na TV que pessoas morreram por tomar a vacina, por isso não tomei. Tenho medo dos efeitos que ela pode causar”.
Caraguá – A Prefeitura adotou novos métodos de cobertura e fará a imunização casa por casa em bairros próximos a mata. A decisão foi tomada pelo secretário de Saúde Amauri Toledo, devido o baixo índice de cobertura da vacinação na primeira etapa do trabalho.
Os bairros contemplados com a ação são Rio do Ouro, Cantagalo, Benfica, Casa Branca, Alto do Getuba, Sertão dos Tourinhos, Parque Imperial, Portal Patrimônio, Costa Verde, Gaivotas, Golfinho, Portal do Sol, Serramar e Rio Claro.
A campanha continua nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16h30.
O evento “Multiação” da Prefeitura, que será realizado dia 3, no bairro Perequê-Mirim, também foi contemplado com ações específicas. O local contará com um ponto de vacinação para a população, na EMEF Prof. Geraldo de Lima, na Avenida Pedro Gonçalves Leite, 685, além de equipes volantes, no bairro Pegorelli.
Caraguá possui uma população de 115 mil pessoas, desses apenas 34.714 foram imunizados em 24 dias de campanha. Restam ainda mais de 80 mil.
O município não apresentou nenhum caso da febre amarela em sua forma silvestre (transmitida pelos mosquitos Haemagogus ou Sabethes, que vivem em área florestal), desde o início do surto no Brasil. Já a versão urbana da doença não é notificada no país desde 1942.
Ilhabela – No arquipélago já foram imunizadas 15,7 mil pessoas no município, de uma população que chega aos 39 mil. A campanha estima alcançar os 23 mil restantes.
Segundo a Prefeitura não existe um estudo que informe qual é motivo pela baixa procura da vacinação. Entretanto, observa-se resistência devido às reações que podem ser causadas pela vacina.
Não existe nenhum caso da doença confirmado no Arquipélago até o momento.
Ubatuba – Já em Ubatuba, a Prefeitura afirma que a campanha continua até atingir a meta de 95% da população vacinada. O que corresponde a 85,5 mil pessoas ainda pendentes a vacinar.
“Já temos aproximadamente 38 mil vacinados e, descontando os casos de contraindicação, ainda há 50 mil pessoas a serem imunizadas para atingir a meta”, explica Patricia Machado Sanches, supervisora de Vigilância em Saúde.
Durante o mutirão do último sábado (17), foram vacinadas outras 1.924 pessoas.
Segundo a supervisora, uma hipótese pela baixa procura é que “as pessoas não acreditam que a doença esteja tão próxima e têm relaxado. Porém, quando as equipes da saúde chegam a cada casa, conversam e orientam, elas percebem da importância da imunização e se vacinam”.
Não há nenhum caso confirmado de febre amarela na cidade e nenhum caso suspeito.
São Sebastião – De acordo com o último levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de São Sebastião foram aplicadas 28.372 doses até essa segunda-feira (19).
O que corresponde a 49% da população a ser vacinada. A cidade tem uma população de 85 mil, sendo assim ainda precisam ser vacinadas mais de 56 mil pessoas.
As Unidades de Saúde da Família (USF’S) estarão abertas das 8h às 16h30, e nos prontos atendimentos de Boiçucanga e UPA Centro a vacinação pode ser feita das 21h às 7h.
Devem tomar a vacina pessoas a partir de nove meses de idade, inclusive idosos e indígenas, desde que não apresentem condições clínicas especiais.
A vacina contra a febre amarela é contraindicada para pacientes em tratamento de câncer, pessoas com imunossupressão e pessoas com reação alérgica grave à proteína do ovo.