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Campanha de vacinação contra gripe foi prorrogada pelo Estado; doses já terminaram em muitas unidades da região

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Novas doses deverão ser recebidas pelas cidades da região

Todas as cidades do litoral norte atingiram a meta estabelecida pelo Governo, que era a vacinação de pelo menos 80% do grupo prioritário; apesar disso, doses não foram suficientes

Por Ricardo Hiar, de Caraguatatuba

José Aparecido Soares, 67, mora em Caraguatatuba e faz parte do grupo prioritário autorizado a receber gratuitamente uma dose da vacina contra gripe. Como a campanha nacional terminaria nesta sexta-feira (20), o aposentado deixou para procurar uma unidade de saúde apenas nesta semana e acabou não conseguindo receber a imunização. Isso porque nas três tentativas que fez, não encontrou nenhuma dose da vacina disponível na cidade.

Esse mesmo problema foi enfrentado pela aposentada Maria Nazaré Siqueira, 65, na cidade vizinha, São Sebastião. Segundo a idosa, não havia mais a vacina e a unidade não soube informar quando chegam novas doses. “Eles disseram que em alguns postos ainda tem a vacina, mas não tenho condições de sair pela cidade procurando. O jeito vai ser esperar”.

Nesta sexta-feira, o Governo do Estado anunciou que vai estender a campanha até o dia 30 de maio, para que todas as cidades atinjam a meta de vacinação. Conforme apontado pelas prefeituras das quatro cidades do Litoral Norte, os municípios já superaram a meta estabelecida pelo governo, que era vacinar no mínimo 80% do grupo prioritário.

São considerados prioritários os idosos, gestantes, puérperas, crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, profissionais da saúde e indígenas. Apesar disso, as doses recebidas em toda a região não foram suficientes para oferecer um atendimento mais ampliado, que superasse a meta e pudesse imunizar o grupo prioritário em 100%. Espera-se agora, com a redistribuição de doses que o Estado fará, que todas as pessoas ainda não vacinadas consigam ser imunizadas contra a gripe.

Além do envio de uma quantidade de doses inferiores do que a demanda, outro motivo que contribuiu com a falta de vacinas foi a epidemia de gripo, que este ano chegou mais cedo e ainda com registros de H1N1. As vacinas foram muito aguardadas pela população e a procura foi grande desde o início da campanha, no dia 30 de abril. Em São Sebastião, por exemplo, os lotes iniciais recebidos pela Secretaria de Saúde do município se esgotaram no primeiro dia de campanha.

A Secretaria de Saúde de Caraguá informou que a cidade já vacinou 85% do seu público alvo. “Todos os grupos prioritários já estão com cobertura vacinal acima da meta, com exceção das gestantes com 64,49%”, afirmou em nota. Ainda conforme a prefeitura, desde a última sexta- feira (13), as aplicações foram suspensas por falta de vacinas. No momento, o município aguarda novas orientações do Estado para dar continuidade à campanha.

Em São Sebastião, também foi atingido o patamar de imunização de 85,5% do grupo prioritário. Apesar disso, segundo levantamento feito até o último dia 18, o número de crianças e gestantes ficaram abaixo da meta, com 75,45 e 60,48% respectivamente. No grupo dos idosos, porém, os números chegaram à 98,43% e entre as puérperas, houve uma superação: 106,75% das mulheres nessa condição foram vacinadas.

Em Ubatuba, ainda havia vacina em algumas unidades, mas na quinta-feira (19) estavam terminando. De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, ao mesmo tempo, está programada a quarta etapa da campanha e as vacinas devem chegar nesta sexta-feira, por volta de 17h. A cidade informou que vacinou 82% do grupo prioritário previsto.

Em Ilhabela, algumas unidades já estão sem vacina, mas a previsão é que na próxima segunda-feira (23) o Estado faça o reabastecimento do estoque. A cidade até o momento realizou a imunização de 85,59% da população prioritária. O patamar de 80% só não foi atingido entre as crianças e gestantes. Porém, o município também superou a aplicação de vacinas entre as puérperas, chegando 127,27% desse grupo. No arquipélago, 90,46% dos idosos também já foram vacinados. 

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