Comitê será implantado na cidade no próximo mês
Por Juliane Zapparoli
O prefeito de Caraguá, Aguilar Junior, assina no próximo dia 5 de outubro o decreto que cria o Comitê Municipal de Vigilância à Violência (Comviv), para avaliar casos de violência na cidade. A ideia é criar um fluxo de atendimentos e situar políticas para diminuir o número de ocorrências de violência. Caraguá é a segunda cidade a implantar o Comviv no litoral. A primeira foi Ubatuba.
O Comitê será formado por 23 membros e contará com representantes das Secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social, Segurança, Educação, Assuntos Jurídicos, Esportes e Fundacc, além da Casa de Saúde Stella Maris e os Conselhos Tutelar, do Idoso, da Pessoa com Deficiência, da Condição Feminina, dos Direitos da Criança e do Adolescente, de Saúde e da Assistência Social.
A presidente do Comviv, Lídia Ferreira, diz que é preciso mostrar a população todos os tipos de violência, pois muitos não sabem que estão sofrendo violência “Primeiro temos que ensinar a toda a população todos os tipos de violência, pois muitos não sabem que estão sofrendo violência, existe vários tipos de violência, como por exemplo a violência psicológica, que muitos sofrem e não sabem que também é um tipo de violência”
Além disso Lídia afirma que é preciso educar os munícipes a proporcionar um atendimento humanizado voltado a vítima. “A pessoa que sofre com isso não tem para onde ir, não tem a quem recorrer e o Comviv será inserido para crescermos nesse aspecto. Precisamos da participação eficaz de todos nesta luta, tem que deixar claro que a pessoa não precisa dizer quem é o agressor, ela chegará e falará que quer atendimento e será atendida”
O Conviv trabalhará com os meios já oficiais de denúncias (Polícias Militar e Civil) além do atendimento direto realizado na Secretaria de Saúde. O Comitê contará também com uma página no facebook para alertar a população e para que a vítima possa fazer a denúncia in box aos responsáveis pelo programa, sem que o agressor fique sabendo, tudo de forma sigilosa.
Segundo Lídia realizar denúncias de agressão ainda é um problema na sociedade, segundo avalia a presidente do Comviv. “É muito difícil fazer uma denúncia, principalmente quando se trata de uma criança ou uma mulher. Às vezes o agressor comete a violência de uma forma que ela passe despercebida, ou que não aceite que está sofrendo a violência”
Uma das principais funções do comitê será o da vítima, pois muitas delas não têm a quem recorrer ou tem medo de falar que é agredida. “Às vezes por dependência do agressor, ela acaba não denunciando. Para isso nossos médicos estão sendo preparados para ter a percepção sobre esses problemas”, finalizou Lídia.