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Casal de Caraguá aguarda ser repatriado no Peru

Tamoios News
O casal de Caraguatatuba, Diná Santos, 59 anos e Antônio Serrano Rodrigues, de 69 anos, “preso” no Peru devido ao coronavírus, ainda aguarda autorização do governo peruano para se deslocar de Cusco para Lima, através de voo doméstico, onde deve ser repatriado pelo governo brasileiro.
O casal chegou ao Peru no dia 13, mas no dia 16, o governo peruano determinou que todos se mantivessem em isolamento domiciliar, permitindo apenas idas ao supermercado e farmácia devido ao coronavírus. Desde então. o casal permanece confinado no hotel em que estão alojado.
Segundo Diná, hoje(sexta-feira) estão voltando a maioria dos brasileiros que está em Lima. “Como estamos em Cusco e o deslocamento interprovincias ainda não foi definido, estamos aguardando”, contou ela, na manhã desta sexta-feira(20)
.
“O  voo de Lima para Cusco cá durou 1h15, então creio que o deslocamento de volta deva ser da mesma forma, senão levaríamos muitas horas viajando por terra. E, mesmo para isso, seria preciso autorização especial do governo peruano, pois não se pode sair do hotel, somente se for para comprar comida, remédio, ou ir ao posto médico”, contou.
Segundo Diná, na publicação, no Instagram, do ministro do turismo, tem uma lista com a relação dos brasileiros que se encontram em Cusco e os  nomes dela e de seu marido Antônio estão lá. “No post, ele diz para aguardarmos que estão tomando as providências para nos repatriar”, informou. 
O consulado brasileiro em Lima informou ao casal que até a noite de ontem não havia autorização do governo peruano para deslocamento interprovíncias e que o consulado estaria em busca de uma solução para o caso e pediu que até lá, o casal se mantenha abrigado e em segurança.
Relatos de Diná

Diná e Antonio no Peru

Saga de umas férias…. complicadas
Sim, conhecer Machu Picchu era um sonho de adolescência. Aos 14 fui ao museu de história da USP, conheci esse patrimônio histórico da humanidade e a partir daí sempre quis um dia conhecer de pertinho, mesmo sabendo ser essa vontade difícil de realizar.
Estava para sair em férias e não sabia para onde ir, nem o que fazer… “Navegando na web” me deparei com uma boa oferta para vir ao Peru e pensei: por que comprá-la, por que não compará-la, comprei-a a e cá estou, em Cusco.
Privilegiada, para não dizer abençoada, pude fazer um city tour e ir a Machu Picchu, mas muitos, com o mesmo sonho, que para cá vieram, não; só chegaram em Cusco e veio o decreto do governo peruano de fechar as fronteiras por emergência sanitária.
O fechamento iniciou às 23:59 do dia 16/03, mas muitos, como eu, só ficaram sabendo na manhã do mesmo dia; ou seja, quando não se podia fazer mais nada.
Adicionalmente, ontem o Presidente do Peru decretou toque de recolher: das 20h00 às 05h00, ninguém pode transitar pelas ruas.
A quarentena imposta pelo Governo do Peru é legítima e importante, assim como as que estão ocorrendo aí no Brasil, em nossas cidades; é preciso proteger a todos, impedir que circulem e, consequentemente, impedir que o vírus circule. Mas, queremos voltar para casa.
Não vim ao Peru “tentar a vida”, buscar ficar, vim apenas passear. Minha vida está no Brasil, no Estado de São Paulo, e nos municípios em que estão meus amores, meus familiares.
É meio chato ficar detida num quarto de hotel de um pais estranho, mas ordem dada é ordem cumprida.
Sei que o governo brasileiro, pela sua embaixada no Peru, está buscando solução para tirar os brasileiros daqui.
Segundo as notícias que circulam pelos vários meios, são 3.770 brasileiros retidos aqui no Peru.
No hotel em que estou, somos 10 na mesma situação e o negócio é aguardar.
Não, não estou desacompanhada, meu amor e companheiro pela eternidade, Serrano, está comigo; mas não preciso colocar no plural, pois somos singular ?.
Acredito que Deus me deu o privilégio de estar aqui, realizando mais esse sonho e que, quando for da vontade dEle, estarei em casa. Eu confio e acredito!
Aos meus amigos peço que busquem nos seus poderes superiores a serenidade necessária para aceitarem aquilo que não podem mudar, mudar o que podem e sabedoria para perceberem a diferença.
Quarentena é coisa séria.
Tenhamos Fé!!