
Homem foi preso na manhã de quarta-feira e acabou confessando o crime
Investigações apontaram a participação do jovem, de 23 anos e que é usuário de drogas, no crime brutal registrado semana passada
Por Conrado Balut, de São Sebastião
Um rapaz de 23 anos foi preso pela Polícia Civil de São Sebastião na manhã da última quarta-feira (24). Ele, que era suspeito por participação na morte do garoto Leonardo de Jesus, o Léo, de 6 anos, e acabou confessando o crime durante o depoimento na delegacia.
Como as investigações apontavam a participação de D.G. no crime, que é usuário de drogas, a justiça determinou a prisão preventiva dele por 30 dias.
Momentos antes de ser preso, o homem, que estava numa região conhecida como Sítio Velho, em Barra do Una, na Costa Sul, chegou a ser agredido por um grupo de pessoas, devido a uma dívida de drogas equivalente a R$ 800.
De acordo com o chefe dos investigadores da Costa Sul, Ricardo Marques, as investigações chegaram até o rapaz, após depoimentos feitos pelos próprios familiares. D.G. é sobrinho da mãe de Léo e deu detalhes sobre o ocorrido na presença da polícia e de um advogado.
O crime
Segundo o homem preso, no dia do assassinato ele estava indo a um terreno próximo a uma área mais reservada de Juquehy para usar drogas. Leonardo, que andava de bicicleta próximo a sua casa, quis acompanhar o primo ao avistá-lo. D.G. disse que tentou se livrar do menino, para que não o visse com os entorpecentes.
Mesmo assim, o menino insistiu. Num determinado momento Léo chegou a puxar o homem pela bermuda, para permanecer com ele, quando acabou agredido pelo mesmo. D.G. diz que num momento de raiva, devido a insistência do garoto, desferiu um soco com muita força, atingindo-o na cabeça.
Devido a intensidade do golpe, o menino caiu e teria desmaiado. O homem percebeu que Leonardo não estava mais respirando e diz que tentou reanimá-lo, mas que não teve êxito. Por conta disso, resolveu esconder o corpo.
Para despistar o ocorrido, ele próprio começou a falar sobre o sumiço da criança pelo bairro e passou a participar das buscas por Leonardo de Jesus, que ficou dois dias desaparecido, antes de ser encontrado já sem vida.
Devaneios
Os depoimentos de D.G foram controversos. O chefe dos investigadores explicou que por hora ele assumia a autoria do crime, e em outros momentos negava, alternando momentos de “lucidez e loucura”.
Nos primeiros, D.G. negava e tentava transferir a culpa a outras pessoas até que, por fim, na presença do seu advogado, ele assumiu que foi o responsável pelo homicídio.
O caso repercutiu grandemente nas mídias sociais e em todo o Litoral Norte, chegando a ter proporções nacionais. A hipótese veiculada recentemente de rixa entre familiares foi descartada pela Polícia Civil. As investigações continuam e é previsto que a polícia faça uma reconstituição do crime, com a participação do acusado, nesta quinta-feira (25). D.G. segue sob custódia no 2° Distrito Policial.