“Cidade Protetora”, projeto realizado de janeiro a outubro de 2022, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, mobilizou diferentes setores da esfera pública e privada ao promover oficinas de formação e capacitação de mais de 100 pessoas, o site do Observatório da Criança e dos Adolescente de Ubatuba e a criação de um fluxo e protocolo de escutas especializadas, exigidos por Lei (Lei Federal nº 13.431 /2017 e Decreto Federal 9.603/2018), e que até então era inexistente na cidade, por meio da união de especialistas, artistas, líderes comunitários e profissionais da saúde, educação e assistência social.
Como resultado do processo e para chamar atenção ao tema, produtos artísticos, ligados à proteção de crianças e adolescentes, foram criados pelos artistas envolvidos no projeto em diversas linguagens, cada um trazendo uma abordagem diferente sobre o tema: pranchas de surfe pintadas com temáticas da proteção integral; esculturas em cerâmica para lembrar do trabalho infantil; vídeos com crianças e adolescentes refletindo sobre os efeitos da pandemia; uma história em quadrinhos que discute o efeito das redes; e vídeos de teatro de sombras com registros das violências contra crianças e adolescentes.
O “Cidade Protetora” foi idealizado pelo Gaiato, organização social que atua há mais de 30 anos em Ubatuba, junto ao CMDCA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e financiado pelo Itaú Social.
“A ideia sempre foi dar visibilidade para algumas violações de direitos que acontecem e que nem sempre são percebidas por moradores e turistas. Ubatuba é linda, um paraíso, mas há muitos problemas que vão desde trabalho infantil até violência sexual contra crianças e adolescentes. Ao reunir diversos profissionais, que inclusive já atuam em órgãos públicos, além de visibilidade, o projeto gerou conectividade e engajamento, fazendo com que essas pessoas continuem exercendo papeis tão fundamentais, com ainda mais propósito e motivação”, diz Mariza Tardelli, presidente do Gaiato e coordenadora técnica do Cidade Protetora.
“Cidade Protetora” atuou em quatro regiões da cidade (norte, sul, centro e oeste) com representantes da Assistência Social, Saúde, Educação, Santa Casa, PM, GCM, Conselho Tutelar, CMDCA e Fundac, além de especialistas e artistas na capacitação de mais de 100 pessoas, para que dentro de suas comunidades e regiões pudessem assumir o papel de multiplicadores e agentes do sistema de garantias ao direito da criança e do adolescente.
Os produtos artísticos, resultados das oficinas de formação, serão compartilhados nas redes sociais através do Instagram @gaiatoubatuba, e instalados em nove pontos da cidade com intuito de chamar a atenção da população local e turistas, além de dar caráter perene ao projeto.
Ademais, o “Cidade Protetora” garantiu a criação do fluxo de atendimento, que estabelece protocolos para orientar profissionais e vítimas, exigido pela Lei e que até então não existia em Ubatuba.
A criação do fluxo e protocolo de escutas especializadas ocorreu de forma bastante participativa, de modo que fosse levado em consideração falhas e potencialidades de cada órgão e região.
Atualmente, ocorre a distribuição de material informativo sobre os resultados do projeto, bem como orientações importantes sobre o fluxo e protocolo das escutas, em diversos pontos estratégicos da cidade como escolas, unidades básicas de saúde, organizações sociais e parceiros vinculados a esporte e cultura.
Por fim, há um Comitê Gestor de implantação que se reúne para seguir uma agenda de encontros com a finalidade de apresentar e explicar o funcionamento da ferramenta.
Em breve serão divulgados os novos pontos turísticos de Ubatuba que receberão as esculturas e pranchas de surfe estilizadas, resultado do “Cidade Protetora”.
Para mais informações acesse https://cidadeprotetora.com.br/sobre/
Para visualizar o fluxo e protocolo de escutas especializadas acesse https://bityli.com/wkRZdiSx
Fonte: Assessoria de Imprensa – Cidade Protetora