Por Lucas Martins de Oliveira
As cidades do litoral norte paulista têm na qualidade de seu patrimônio paisagístico e ambiental natural seus principais atrativos. Mas não podemos afirmar que o espaço antropizado, o espaço urbanizado, tenha a mesma qualidade. Fora da cidade turística, ou além de onde o turista passa, a cidade se torna mal cuidada (ou ainda mais). A falta de cuidado não é só resultado de um crescimento urbano recente, mas de falta de projeto urbano pensado à médio e longo prazo. Uma pracinha aqui e ali pouco contribuem para melhorar a “urbanidade” de nossas cidades.
O termo “urbanidade” é relativamente recente e está relacionado ao ambiente urbano carregado de problemas pelos quais viviam (e vivem) as grandes cidades e metrópoles. Bairros segregados socialmente, de difícil mobilidade e esquecidos pelo poder público causam, além de outros fatores, falta de vitalidade, gerando diversos problemas. Nos dias atuais tais problemas não se restringem mais às cidades grandes. Em cidades médias como São Sebastião, Caraguatatuba e Ubatuba é possível observar esta falta de urbanidade em vários lugares.
A busca por soluções para melhorar a vida nas cidades é função do poder público e pensada, ainda, por centros de ensino e pesquisa. No caso do ambiente acadêmico de Arquitetura e Urbanismo, se consolida, cada vez mais, a necessidade de se pensar planos de bairros na escala do desenho urbano. O planejamento que avança até diretrizes “genéricas”, não é mais capaz de orientar o que é, de fato, preciso ser feito. É preciso redesenhar, repensar o que foi mal pensado “à toque de caixa” e, obviamente, colocar em prática.
Um modo excelente de se pensar propostas para melhorar a urbanidade é a elaboração de planos de bairro, pois, pensam a cidade de modo mais contextualizado, através de suas partes, seus recortes. O plano de bairro ouve melhor os problemas locais, conversa melhor com as associações de moradores e melhor propõe as qualificações necessárias. Onde estão nossos planos de bairro?
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Lucas Martins de Oliveira
Arquiteto e Urbanista – CAU A87115-0
Mestre e Doutorando FAUUSP
Ubatuba então é um caos.
Calçadas impróprias para cadeirantes, plantio de árvores no meio das calçadas, jardins, buracos, lixeira. Ruas esburacadas, metade com calçamento, metade sem…, iluminação precária.
numeração aleatória, sem placas de identificação.
Praças sem manutenção, faixas de pedestres apagadas… placas de propaganda em esquinas atrapalhando o transito (visualizaçao dos cruzamentos precária).
Ciclistas em alta velocidade em ciclofaixas, e andando na calçada… carros circulando com som alto (falta fiscalização).
Falta lixeiras nas praias, turistas com cachorros nas praias (falta fiscalização), turistas e banhistas com som alto nas praias (falta fiscalização), turista ocupando duas vagas na zona azul (falta fiscalização).
Esgoto clandestino nos riachos e corregos, (falta fiscalização e punição)