O comerciante A.l.S. de 38 anos, de Maresias, em São Sebastião, acusado de ter praticado três estupros cidade, deverá ser transferido nesta segunda(18) para um presídio especial de Guarulhos, na grande São Paulo.
Ele foi preso na capital e levado para a cadeia de Caraguatatuba,na última quarta(13), para ser indiciado pelos crimes. O comerciante é acusado de estuprar duas crianças – uma de 6 anos e outra de 12 anos – e uma mulher de 21 anos em São Sebastião
O caso foi esclarecido e coordenado pela delegada Dra. Junia Cristina Leme Macedo, da DDM(Delegacia da Mulher) de São Sebastião.
Durante o período em que o possível estuprador estava em liberdade a comunidade sebastianense viveu em desespero temendo que ele viesse a atacar mais mulheres.
Teve grande repercussão nas redes sociais a violência sexual praticada por ele em mulheres de Maresias e Topolandia. Os posts publicados nas redes sociais, alguns deles, com fotos e informações envolvendo inocentes, aterrorizou a população e alertou o suspeito, que acabou deixando a cidade.
A delegada Dra. Junia Cristina Leme Macedo explicou que essas notícias conhecidas como fake news atrapalharam, até mesmo, as investigações.
A atuação da delegada mostrou muita eficiência dela e sua equipe, pois o suspeito foi identificado e preso pela PM, em poucos dias, na capital paulista.
O desempenho da delegada em frente a DDM mereceu um título de Cidadã Sebastianense pela Câmara local, no sábado(17).
O suspeito negou-se a dar informações sobre as acusações feitas pela polícia. Ele disse que somente seu advogado vai falar sobre o caso. Segundo a polícia, até a quinta(15) não havia nenhum advogado se apresentado para a sua defesa.
Prisão
O comerciante acusado pelos estupros permanece preso em Caraguá, aguardando sua transferência para a cidade de Guarulhos.
A transferência deve ocorrer nesta segunda. A solicitação de transferência foi feita ainda na quarta(13).
Ele será removido para uma prisão destinada a estupradores criada em 2002 pela Secretaria de Segurança Pública.
A separação de presos por tipo de crimes faz parte de uma filosofia implementada pelo então secretário Nagashi Furukawa.
Na ocasião os presos passaram a ser encaminhados a presídios específicos: terceira idade, crimes contra o patrimônio, homicídios cujos condenados sejam primários, estupradores e infrações sem violência.
O estupro, além de ser considerado um crime hediondo, ele também é recriminado pelos demais presos.
Nas cadeias e presídios, o estuprador é considerado “o pior de todos” de uma sociedade e em alguns casos, principalmente, quando envolve criança, correm o risco de ameaças de violência sexual e até de morte.
O estuprador corre muitos riscos é uma cadeia comum por isso, é levado para um estabelecimento especial. Os criminosos presos perdoam assassinos e traficantes, mas não o estuprador.
Numa cadeia comum, além dos riscos de vida, o estuprador não pode cozinhar, não pode participar de nenhuma associação de presos, não tem direito a opinião entre os detentos e, durante os motins, são os primeiros a serem executados.
Litoral Norte
Os casos de estupros tem crescido no Litoral Norte. No ano passado, foram 137 casos registrados na região. Caraguá teve 63 casos de estupros; São Sebastião, 33; Ubatuba, 25; e , Ilhabela, 16 casos.
Em 2018 a região registrou quase 30% a mais que o registrado no ano anterior. Em 2017. foram 108 casos: 45 em Caraguá; 27 em Ubatuba; 22 em São Sebastião; e, 14 em Ilhabela.
Em 2019, apenas no mês de janeiro, foram registrados 22 casos: dez em Caraguá; sete em Ubatuba; quatro em Ilhabela; e, apenas um em São Sebastião. A secretaria de Segurança Pública ainda não informou os dados do mês de fevereiro.