Um sistema de monitoramento de chuvas, implantado pela concessionária Tamoios, que administra a rodovia que liga Caraguá até São José dos Campos, irá definir a interdição ou não da estrada em períodos de chuvas mais intensas, como ocorreu no feriado da Padroeira. O sistema irá garantir a segurança dos usuários que utilizam a rodovia
Por Salim Burihan
O Sistema de Monitoramento & Alerta implantado pela Concessionária Tamoios, no trecho de Serra, da Rodovia dos Tamoios, é de fundamental importância para a segurança dos usuários da rodovia, que liga Caraguatatuba até São José dos Campos, uma das estradas mais movimentadas da região. Através da Tamoios, circulam 80% dos motoristas que se destinam as cidades do litoral Norte e sul fluminense, como Paraty e Angra dos Reis.
Foi em função deste sistema, que a rodovia ficou interditada por cerca de 30 horas, no feriado prolongado da Padroeira. Na madrugada de sexta(12) três quedas de barreiras atingiram a rodovia, nos quilômetros 69, 71 e 78. Os trechos atingidos pelos deslizamentos foram desobstruídos, mas as informações emitidas pelo sistema de monitoramento, confirmadas pelas avaliações feitas pelos técnicos da concessionária nas encostas da serra, da possibilidade de mais chuvas intensas e encostas encharcadas, foram fundamentais para que a estrada fosse interditada.
A Tamoios foi liberada apenas às 10h30 do sábado(13). É importante destacar, que com a interdição houve queda na arrecadação dos pedágios, pois dos 140 mil veículos previstos na descida em direção ao Litoral Norte, apenas 30 mil utilizaram a rodovia, na quinta(11). É que com a interdição, os motoristas optaram em utilizar as rodovias Osvaldo Cruz e Mogi/Bertioga para chegarem ao Litoral Norte. Segundo a concessionária, teria havido uma queda de 25% no movimento da Tamoios ao longo do feriado prolongado.
Sistema
O sistema faz o acompanhamento da intensidade e do volume de chuvas, e na sua influência em possíveis escorregamentos de encostas, diminuindo o risco aos usuários.
O sistema conta com cinco estações meteorológicas instaladas em pontos estratégicos, de onde são transmitidos os dados aos técnicos da Concessionária. Se forem verificadas chuvas atípicas, serão colocadas em prática ações preventivas. Serviços e investimentos poderão ser realizados em complemento a ações preventivas.
Caso sejam constatadas chuvas acima de 100 mm no trecho de serra, a rodovia é interditada por risco de deslizamento. A interdição, como ocorreu no feriado, visa garantir a segurança dos usuários. Imediatamente, em caso de interdição, os painéis instalados ao longo da rodovia, emitem alerta aos usuários.
“O foco é a prevenção a favor da segurança viária; se necessário e entendermos que há risco, podemos até fechar a rodovia, alertando autoridades competentes, imprensa e usuários”, explica Robinson Avila – Gerente de Engenharia da Concessionária Tamoios.
“Sabemos da tragédia ocorrida em 18 de março de 1967 e queremos trazer a tecnologia atual para agir na prevenção. Trabalhamos para ser a melhor rodovia do Programa ARTESP de Concessões e a segurança é uma obsessão para nós”, acrescenta Ávila.
Em 1967, trecho da estrada na serra, foi parcialmente destruído
Em março de 1967, uma tromba d’água atingiu a serra do mar, destruindo parcialmente o trecho de serra da rodovia e provocando a morte de mais de 200 pessoas em Caraguá. Naquela ocasião, devido ao deslizamento das encostas e trechos da pista, a estrada ficou interditada por mais de 20 dias.
As estações meteorológicas da Tamoios medem a pressão atmosférica, a umidade e temperatura do ar, o volume e a intensidade das chuvas, e a velocidade do vento. Elas foram batizadas com nomes de aves presentes na Serra do Mar e cada estação tem a foto da ave. Os usuários podem acompanhar as informações fornecidas pelo sistema por meio do site da Concessionária Tamoios: www.concessionariatamoios.com.br/para-voce/clima.
