A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã da última quinta-feira (28), a Operação “Monturo” para combater desvio de verbas públicas de limpeza urbana na Prefeitura de Uberaba.
Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em Uberaba e nas cidades paulistas de Mauá e São Sebastião.
Em São Sebastião, a polícia federal esteve em uma casa do bairro do Arrastão para apreender documentos. Não houve prisão de ninguém.
O delegado federal de São Sebastião, Gilberto Antônio de Castro Junior, que comandou a operação na cidade, disse que não poderia fornecer detalhes da pessoa cuja casa foi alvo da operação Monturo.
Muita gente da cidade ficou curiosa, afinal o que a Polícia Federal estaria procurando, o que queria encontrar? O que estaria ocorrendo na cidade?
Muitos moradores achavam que se tratava de questões ligadas aos gastos municipais com as ações de combate ao coronavírus. A Polícia Federal realmente abriu um procedimento para apurar possíveis irregularidades em gastos de verbas federais nas ações Covid-19, mas isto ainda não se transformou em inquérito.
Monturo
O delegado chefe da Polícia Federal de Uberaba, Marcelo Xavier, explicou o motivo da operação Monturo, que cumpriu 24 mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo São Sebastião, em entrevista coletiva concedida no dia 28.

Delegado Marcelo Xavier em entrevista coletiva concedida na sede da Polícia Federal de Uberaba(MG)
Segundo ele, a Operação Monturo investiga 15 servidores públicos, entre eles, secretários da prefeitura de Uberaba e sete empresas por superfaturamento, corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica por envolvimento num esquema de contratação de empresas que atuam na limpeza pública do município.
Segundo o delegado, as investigações foram iniciadas em 2018 e identificaram indícios de relacionamento suspeito entre servidores da Prefeitura e empresas subcontratadas por uma empresa que presta serviço de limpeza urbana, entre eles, coleta de lixo, varrição e capina no município mineiro.
A prefeitura de Uberaba em nota informou à imprensa que com relação à questão funcional e administrativa dos servidores investigados, o prefeito determinou análises – por parte dos dois corpos técnicos – capazes de subsidiar a tomada de decisões que se mostrem necessárias, haja vista que ainda não se conhece com profundidade a situação das apurações objetos dos autos em tramitação.



