Lúcio: O menino pobre que superou as dificuldades, se tornou professor, construtor e político.
Lúcio Jacinto dos Santos, nasceu dia 12 de abril de 1943, no bairro Massaguaçu, em Caraguá. Era filho de Manoel Roque e de Dona Maria Benedita dos Anjos, que trabalhavam na lavoura. Lúcio tinha outros dez irmão. Sua vida não foi nada fácil, mesmo assim, conseguiu se sobressair como professor, construtor e político.
Fez seus estudos primários no grupo escolar de Caraguatatuba, denominada posteriormente de EMEF “Prof.ª Adaly Coelho Passos”. Para frequentar a escola era obrigado a fazer a pé, diariamente, o trajeto entre o Massaguaçu e o centro da cidade, cerca de seis quilômetros de caminhada. Posteriormente, sua família mudou-se para o bairro da Enseada, em São Sebastião.
Na década de 60, apesar de todas as dificuldades financeiras enfrentada pela família, cursou o colégio e a escola normal de São Sebastião, uma de suas professoras foi a jornalista Priscila Siqueira. Formado professor, seu grande sonho, deu aulas no Adaly Coelho Passos e na escola rural do bairro do Tinga.
Em 25 de setembro de 1971 casou com Diolinda. O casal teve uma filha, Deise e uma neta Mayara. Posteriormente dedicou-se ao ramo da Construção Civil, atuando como empreiteiro de obras na área da Petrobrás. Como última profissão em que também se destacou, foi corretor de imóveis, atuando na empresa M.M. Diniz, construtora em nossa cidade.
Em 1982, foi indicado pelo então prefeito José Bourabeby, a disputar as eleições municipais como candidato a vice do engenheiro Jair Nunes de Souza. Foram eleitos com 4.240 votos. Por duas vezes exerceu o cargo de Prefeito, substituindo o titular licenciado.
Foi o primeiro Prefeito e Vice-Prefeito negro da história de Caraguatatuba. Com a função de Vice-Prefeito, foi Chefe de Gabinete do Poder Executivo, chegando a atender, durante seu mandato, mais de dez mil pessoas, sempre com muita eficiência e carinho.
Lúcio foi ainda o idealizador, fundador e 1.º Presidente da Associação dos Servidores Municipais de Caraguatatuba, a ASMUC, agora, transformada em Sindicato dos Servidores Municipais. Em 1996, já fora da vida política, passou a enfrentar problemas com o diabetes. Faleceu em 18 de julho de 1998.
Lúcio era uma pessoa simples, bondosa e carinhosa. Bom pai, ajudou ainda a criar três sobrinhos. Era torcedor do São Paulo. Em casa, adorava assistir TV, principalmente, novelas, jornal e futebol. Passou muitas dificuldades antes de morrer. Como era um homem de poucas posses, precisou contar com a ajuda de amigos e da família, no período em que esteve doente. Como homenagem, teve seu nome concedido a escola do bairro do Tinga.